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Mulheres
ocupam lugar
de maridos
da Reportagem Local
Nem todas as viúvas têm a
mesma coragem de Sílvia
para enfrentar o tráfico. Algumas delas preferiram,
após a morte do marido, trabalhar com drogas e sobreviver do comércio ilegal.
"Assumir o lugar dos maridos no tráfico dá status para elas", afirma uma líder comunitária da zona leste de
São Paulo que pede para não
ser identificada.
A constatação é confirmada pela Dise (Divisão de Investigação de Entorpecentes
da Polícia Civil). "Não dá para precisar o número de mulheres que estão indo para o
tráfico após a morte dos maridos, mas já temos informações de que isso começa a
acontecer com alguma frequência", diz Ubiracir Pires
da Silva, delegado divisionário da Dise.
Um fenômeno muito comum e já conhecido da Polícia Civil é o de mulheres que,
enquanto seus maridos estão presos, aproveitam a liberdade para fazer o mesmo
trabalho que eles faziam.
"O que impressiona é que,
no meio dessas mulheres, há
muitas mocinhas que, desde
cedo, já começam a cooperar com o tráfico." O delegado afirma que, nas casas em
que a polícia entra para
achar criminosos, ele já encontrou várias vezes famílias
estruturadas, com filhos.
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