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Nos adolescentes e adultos, o distúrbio do déficit de atenção pode vir acompanhado de algumas complicações. A mais comum é a depressão.
A dificuldade de relacionamento pessoal e a baixa auto-estima são apontadas como as principais causas da depressão. "O indivíduo tem a impressão de que não consegue colocar em prática todas as suas potencialidades", afirma Paulo Mattos, da UFRJ.
Desde a infância, o portador do DDA é alvo de críticas devido ao seu comportamento irrequieto e impulsivo.
"O distúrbio não é culpa da criança. Mas muitas vezes os pais e professores reforçam uma auto-imagem negativa nos portadores, porque mandam muitas mensagens do tipo "não faça isso, não faça aquilo'", diz Mauro Muszkat, da Unifesp.
Para lidar com esse problema, a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra é fundamental. "É importante não discriminar o portador do DDA", afirma Muszkat.
Mas há ainda outras complicações que podem vir junto com o déficit de atenção. "Esses pacientes podem apresentar abuso de drogas ilícitas e problemas de comportamento que acabam envolvendo a polícia", diz Mário Louzã Neto, da USP.
Segundo Mattos, entre usuários de cocaína é comum encontrar portadores do distúrbio. "É possível que a droga tenha um efeito mais intenso no cérebro dessas pessoas."

Compensação
"A inteligência dos pacientes com DDA é normal ou até acima da média. Mas eles têm uma desmotivação para o estudo", afirma Mauro Muszkat.
Nas formas menos graves, o distúrbio do déficit de atenção não traz apenas prejuízos aos portadores. Em alguma medida, pode ajudá-los em suas tarefas.
Quem tem DDA não se distrai apenas com os estímulos externos, mas também com seu próprio pensamento, com devaneios que estimulam a criatividade.
"Entre publicitários, a frequência do distúrbio é um pouco maior do que na população geral. Talvez os fatores internos de distração sejam vantajosos para a profissão deles", diz Mattos.


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