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Manifestantes protestam contra despejo do MuBE pela Prefeitura de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 200 pessoas participaram ontem de uma manifestação contra a decisão da
Prefeitura de São Paulo de retirar o MuBE (Museu Brasileiro de Esculturas) de uma
área pública que ocupa desde
1987 no Jardim Europa, região nobre da capital paulista.
Os manifestantes deram as
mãos e ficaram em volta do
museu. Também havia um
abaixo-assinado -com adesão de cerca de mil pessoas.
A prefeitura defende que
houve "desvio de função" das
instalações do museu, onde
ocorrem lançamentos de produtos e desfiles. E diz que pretende manter um museu para
esculturas na área, com acervo do Departamento do Patrimônio Histórico e da Pinacoteca Municipal. Ainda não há
data para o despejo ocorrer.
O artista Caciporé Torres
era um dos que protestavam
contra a decisão, considerada
"absurda" por ele. "O MuBE é
obrigado a fazer eventos em
razão das circunstâncias. A
prefeitura deveria dar uma
verba para o museu obter
acervo e reserva técnica."
Para a designer de jóias
Diana Marth, a realização de
eventos, além de uma maneira de obter recursos, é uma
forma de o museu se inserir
na sociedade. "É preciso rever
essa visão tradicional, restrita, sobre a função do museu."
Marius Rathsam, diretor
do MuBE, diz que ficou "encantado" com o apoio. Ele deve recorrer contra o despejo.
Andrea Matarazzo, secretário das Subprefeituras, diz
que, diferentemente do que
ocorre em outros museus, os
eventos do MuBE não são revertidos para a obtenção de
acervo. "É o evento por evento, em que não há benefício
para a população", diz. "Todo
mundo que distingue evento
social de cultural nos apóia."
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