São Paulo, segunda-feira, 23 de abril de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Manifestantes protestam contra despejo do MuBE pela Prefeitura de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 200 pessoas participaram ontem de uma manifestação contra a decisão da Prefeitura de São Paulo de retirar o MuBE (Museu Brasileiro de Esculturas) de uma área pública que ocupa desde 1987 no Jardim Europa, região nobre da capital paulista.
Os manifestantes deram as mãos e ficaram em volta do museu. Também havia um abaixo-assinado -com adesão de cerca de mil pessoas.
A prefeitura defende que houve "desvio de função" das instalações do museu, onde ocorrem lançamentos de produtos e desfiles. E diz que pretende manter um museu para esculturas na área, com acervo do Departamento do Patrimônio Histórico e da Pinacoteca Municipal. Ainda não há data para o despejo ocorrer.
O artista Caciporé Torres era um dos que protestavam contra a decisão, considerada "absurda" por ele. "O MuBE é obrigado a fazer eventos em razão das circunstâncias. A prefeitura deveria dar uma verba para o museu obter acervo e reserva técnica."
Para a designer de jóias Diana Marth, a realização de eventos, além de uma maneira de obter recursos, é uma forma de o museu se inserir na sociedade. "É preciso rever essa visão tradicional, restrita, sobre a função do museu."
Marius Rathsam, diretor do MuBE, diz que ficou "encantado" com o apoio. Ele deve recorrer contra o despejo.
Andrea Matarazzo, secretário das Subprefeituras, diz que, diferentemente do que ocorre em outros museus, os eventos do MuBE não são revertidos para a obtenção de acervo. "É o evento por evento, em que não há benefício para a população", diz. "Todo mundo que distingue evento social de cultural nos apóia."


Texto Anterior: Metrô e ônibus vão atrasar saída hoje
Próximo Texto: Educação: Em PE, governo interdita 72 escolas que podem desabar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.