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Metrô e ônibus vão atrasar saída hoje
Metroviários e condutores prometiam protesto que prejudicaria os deslocamentos na capital paulista logo pela manhã
Kassab diz não trabalhar
com hipótese de greve
dos coletivos e mantém
rodízio; decisão pode mudar
hoje se houver transtornos
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma paralisação prometida
por metroviários e por motoristas de ônibus de São Paulo
deverá atrasar os deslocamentos dos paulistanos nas primeiras horas da manhã de hoje.
O sindicato dos empregados
do Metrô dizia que retardaria
das 4h30 para as 6h30 a abertura de todas as estações. O dos
condutores ameaçava postergar a partida dos coletivos das
garagens das 3h30 para as 6h.
A tendência é que haja um
efeito cascata e que os serviços
do transporte sejam prejudicados em boa parte da manhã.
Os microônibus operados
pelas cooperativas de perueiros
não deverão ser afetados.
O prefeito Gilberto Kassab
(DEM, ex-PFL) minimizou ontem a possibilidade de paralisação dos ônibus e disse que, por
isso, não cogitava a suspensão
do rodízio de veículos.
Kassab afirmou ter feito a
avaliação após contatos da prefeitura com as viações, reforçando a obrigação de elas colocarem a frota nas ruas. Os sindicalistas diziam, porém, que a
paralisação estava mantida.
"Acredito que, em relação às
empresas concessionárias [empresas de ônibus] e permissionárias [perueiros], não deve haver [paralisação]. Até porque
não estamos trabalhando com
essa hipótese, não se cogita a
suspensão do rodízio. O que podemos afirmar é que, até devido
à hipótese de haver a greve no
metrô, a CET estará na rua desde as primeiras horas da manhã", declarou Kassab.
A prefeitura não divulgou nenhum plano de emergência.
Mas os técnicos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) reconheciam que, se houver
transtornos, a suspensão do rodízio pode ser anunciada hoje.
A assessoria de imprensa do
Metrô diz que a operação da
CPTM deve ser reforçada.
O ato prometido por metroviários e condutores está ligado
a uma mobilização das centrais
sindicais contra a eventual derrubada pelo Congresso do veto
do presidente Lula à emenda 3.
A medida estabelece que só
cabe à Justiça, e não a auditores
fiscais, decidir se um contrato
de prestação de serviço encobre uma relação trabalhista.
Os defensores da emenda 3
dizem que a intenção é garantir
a segurança de contratos livremente negociados entre as partes. Os críticos a consideram
como um favorecimento para
que os empregadores contratem sem registro em carteira.
Os metroviários e condutores devem também participar
hoje de um ato às 5h com diversas entidades sindicais na estação Corinthians-Itaquera da linha 3-vermelha do Metrô.
O TRT (Tribunal Regional do
Trabalho) determinou que
80% dos trens sejam mantidos
a partir das 4h30 e 100% da frota depois das 6h -sob pena de
responsabilidade civil e penal e
multa de R$ 100 mil por dia. Os
metroviários, mesmo assim,
confirmavam a paralisação.
O metrô transporta quase 3
milhões de pessoas por dia. Os
ônibus, mais de 4,5 milhões.
Para saber mais sobre a paralisação ou eventual suspensão
do rodízio, ligue para 156.
NA INTERNET - Consulte também www.folha.com.br
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