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Mortes nas estradas aumentam no feriado
Rodovias federais tiveram 97 mortes nos três dias de Tiradentes, contra 75 mortes registradas na folga da Semana Santa
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, uma das
causas para a alta foi o número insuficiente de
policiais nas estradas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O número de mortes nas rodovias federais no feriado prolongado de Tiradentes foi 29%
maior do que o registrado na
Semana Santa, passando de 75
para 97. Houve também mais
acidentes -1.837 contra 1.657
na Páscoa. Os dados consideram o período entre a 0h de
sexta-feira e a meia-noite de segunda-feira -que foram comparados com os quatro dias de
feriado da Páscoa.
A comparação tem como parâmetro o feriado da Semana
Santa porque, no ano passado,
o dia de Tiradentes caiu no sábado.
A PRF (Polícia Rodoviária
Federal) afirma que a falta de
efetivo foi um dos motivos do
crescimento -"o número de
policiais esteve aquém da imprudência dos motoristas", segundo nota do órgão.
Nas estradas estaduais e nas
controladas por concessionárias no Estado de São Paulo, o
número de feridos em acidentes foi 23% maior no feriado
prolongado de Tiradentes em
comparação com a Páscoa.
No total, foram 648 feridos e
28 mortos em 975 acidentes
nos quatro dias da Operação Tiradentes, feita pela Polícia Rodoviária Estadual. Durante a
Páscoa, foram 525 feridos e 27
mortos em 933 acidentes ocorridas durante operação que
também durou quatro dias.
De acordo com a polícia rodoviária, a neblina e a chuva
contribuíram para a ocorrência
de pequenas colisões, o que teve impacto sobre o número de
acidentes registrados.
Bebida nas estradas
O relator da medida provisória que proíbe a venda de bebidas alcóolicas em rodovias federais, deputado federal Hugo
Leal (PSC-RJ), acrescentou
duas propostas. A primeira
proíbe a veiculação de propagandas de cerveja e das chamadas "ices" entre as 6h e as 21h.
Leal também permite a venda
de bebidas alcóolicas em rodovias em áreas urbanas. Mas
propõe fazer um levantamento
do número de acidentes nessas
rodovias nos feriados. Se o número for alto, a restrição volta.
(ANGELA PINHO E MARIA CLARA CABRAL)
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