São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2008

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Mortes nas estradas aumentam no feriado

Rodovias federais tiveram 97 mortes nos três dias de Tiradentes, contra 75 mortes registradas na folga da Semana Santa

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, uma das causas para a alta foi o número insuficiente de policiais nas estradas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O número de mortes nas rodovias federais no feriado prolongado de Tiradentes foi 29% maior do que o registrado na Semana Santa, passando de 75 para 97. Houve também mais acidentes -1.837 contra 1.657 na Páscoa. Os dados consideram o período entre a 0h de sexta-feira e a meia-noite de segunda-feira -que foram comparados com os quatro dias de feriado da Páscoa.
A comparação tem como parâmetro o feriado da Semana Santa porque, no ano passado, o dia de Tiradentes caiu no sábado.
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) afirma que a falta de efetivo foi um dos motivos do crescimento -"o número de policiais esteve aquém da imprudência dos motoristas", segundo nota do órgão.
Nas estradas estaduais e nas controladas por concessionárias no Estado de São Paulo, o número de feridos em acidentes foi 23% maior no feriado prolongado de Tiradentes em comparação com a Páscoa.
No total, foram 648 feridos e 28 mortos em 975 acidentes nos quatro dias da Operação Tiradentes, feita pela Polícia Rodoviária Estadual. Durante a Páscoa, foram 525 feridos e 27 mortos em 933 acidentes ocorridas durante operação que também durou quatro dias.
De acordo com a polícia rodoviária, a neblina e a chuva contribuíram para a ocorrência de pequenas colisões, o que teve impacto sobre o número de acidentes registrados.

Bebida nas estradas
O relator da medida provisória que proíbe a venda de bebidas alcóolicas em rodovias federais, deputado federal Hugo Leal (PSC-RJ), acrescentou duas propostas. A primeira proíbe a veiculação de propagandas de cerveja e das chamadas "ices" entre as 6h e as 21h. Leal também permite a venda de bebidas alcóolicas em rodovias em áreas urbanas. Mas propõe fazer um levantamento do número de acidentes nessas rodovias nos feriados. Se o número for alto, a restrição volta. (ANGELA PINHO E MARIA CLARA CABRAL)


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