|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Diretores de escolas recorrem a tutores para gerir melhor
Curso da Fundação Lemann visa suprir deficiências de formação nas áreas administrativa e pedagógica
PATRÍCIA GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem tão seguros do que fazem nem tão a par da papelada
toda. Os diretores de escolas,
públicas ou privadas, têm dificuldades para dar conta da rotina. Para preencher lacunas de
formação -gerencial ou pedagógica-, mais de 1.700 diretores já recorreram a tutores para
dirigir melhor suas escolas.
O programa de tutoria faz
parte de um curso dado a distância por uma parceria entre a
Fundação Lemann (que reúne
especialistas em educação) e a
Universidade Anhembi Morumbi. Nele, professores e diretores experientes se propõem a
acompanhar de perto um diretor-aluno por um ano e meio.
Os assuntos tratados vão de
problemas do cotidiano escolar
e das modalidades de avaliação
governamental até discussões
filosóficas sobre o papel da escola na formação do cidadão.
Angela Mello, uma das primeiras tutoras do programa e
hoje coordenadora dos tutores,
diz que o curso vem suprir deficiências de formação. "Eles [diretores] só conseguem alguma
orientação se os órgãos regionais forem atenciosos" -o que,
diz a professora, não é comum.
Os profissionais que chegam
à direção da escola, normalmente, são professores que
pouco ou nenhum contato tiveram com a parte gerencial.
"O diretor, quando assume,
sabe que tem que lidar com
questões administrativas e pedagógicas. O administrativo é o
imediato. O pedagógico, não",
diz Angela. Segundo ela, a situação faz com que os diretores
fiquem assoberbados com funções burocráticas e, assim, deixem de se ater ao essencial.
A Anhembi Morumbi e a
Fundação Lemann oferecem
também um MBA em gestão
escolar voltado a diretores e secretários da Educação.
Texto Anterior: Prefeitura promete, de novo, mais vagas nas pré-escolas Próximo Texto: Entrevista: Diretor faz curso até de autoajuda, afirma consultor Índice
|