São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 2002

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Defesa de brasileiro vai alegar morte acidental

SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

O advogado do brasileiro acusado de matar uma estudante norte-americana de 13 anos por estrangulamento nos EUA baseará a defesa na tese de morte acidental. Harold Pickerstein dirá que Saul dos Reis Jr., 25, apertou o pescoço da menina Christina Long sem intenção de matar, enquanto os dois faziam sexo.
Pode ser a diferença entre a prisão perpétua e uma pena menor, com direito a condicional. O brasileiro deve ser indiciado pelo assassinato da estudante nesta terça. Se considerado culpado, pode ser condenado à morte por injeção letal, mas a hipótese é remota. A Justiça de Connecticut prevê a pena capital em casos de homicídio, mas a última vez que o Estado a aplicou foi em 1960.
Amanhã, o acusado tem uma audiência no Tribunal Federal de Bridgeport relacionada à outra acusação do mesmo caso, a de seduzir sexualmente uma menor usando a internet, que o levou para a cadeia no último domingo. Reis ouvirá então se tem direito a fiança e qual o valor.
Anteontem, a tia da estudante assassinada falou sobre o caso pela primeira vez. Em entrevista às TVs, Shelly Riling contou que Christina havia dito que tinha entrado numa sala de bate-papo "onde as pessoas estavam dizendo coisas estranhas".
De acordo com o FBI, a menina costumava marcar encontros com homens que conhecia em seu site que não raro acabavam em sexo. Não é o que pensa o pai da garota, Bruce Long, que perdeu a custódia da filha por ter problemas com álcool, drogas e abuso sexual.
"Muitas meninas da idade dela gostam de contar vantagem, mas eu duvido que ela fosse sexualmente ativa", disse ele. Long afirmou ainda que, se soubesse o que iria acontecer, jamais teria dado o computador à sua filha.



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