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Defesa de brasileiro vai
alegar morte acidental
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
O advogado do brasileiro acusado de matar uma estudante norte-americana de 13 anos por estrangulamento nos EUA baseará a defesa na tese de morte acidental.
Harold Pickerstein dirá que Saul
dos Reis Jr., 25, apertou o pescoço
da menina Christina Long sem intenção de matar, enquanto os
dois faziam sexo.
Pode ser a diferença entre a prisão perpétua e uma pena menor,
com direito a condicional. O brasileiro deve ser indiciado pelo assassinato da estudante nesta terça. Se considerado culpado, pode
ser condenado à morte por injeção letal, mas a hipótese é remota.
A Justiça de Connecticut prevê a
pena capital em casos de homicídio, mas a última vez que o Estado
a aplicou foi em 1960.
Amanhã, o acusado tem uma
audiência no Tribunal Federal de
Bridgeport relacionada à outra
acusação do mesmo caso, a de seduzir sexualmente uma menor
usando a internet, que o levou para a cadeia no último domingo.
Reis ouvirá então se tem direito a
fiança e qual o valor.
Anteontem, a tia da estudante
assassinada falou sobre o caso pela primeira vez. Em entrevista às
TVs, Shelly Riling contou que
Christina havia dito que tinha entrado numa sala de bate-papo
"onde as pessoas estavam dizendo coisas estranhas".
De acordo com o FBI, a menina
costumava marcar encontros
com homens que conhecia em
seu site que não raro acabavam
em sexo. Não é o que pensa o pai
da garota, Bruce Long, que perdeu a custódia da filha por ter
problemas com álcool, drogas e
abuso sexual.
"Muitas meninas da idade dela
gostam de contar vantagem, mas
eu duvido que ela fosse sexualmente ativa", disse ele. Long afirmou ainda que, se soubesse o que
iria acontecer, jamais teria dado o
computador à sua filha.
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