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JUSTIÇA
Dinheiro irá para advogado
Parte da renda de livro de Pitta é bloqueada
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-prefeito Celso Pitta, cujos
bens estão bloqueados judicialmente desde 1997, perdeu na Justiça o direito sobre parte da renda
do livro que ele lançou no mês
passado -"Política e Preconceito
- A História e a Luta do Prefeito
que Enfrentou os Poderosos".
A decisão, comunicada anteontem à editora do livro, foi dada em
uma ação por dano moral que o
próprio ex-prefeito propôs em 96
contra dois vereadores, uma repórter e um jornal. Na época, ele
era secretário das Finanças.
Na ação, Pitta (PSL) pedia R$ 1
milhão de indenização por ter sido divulgado, na ocasião, o teor
de uma representação feita ao Ministério Público para pedir investigação do caso dos precatórios.
Após seis anos, nenhuma esfera
da Justiça viu fundamento nas
alegações de Pitta, e ele terá de pagar os advogados dos réus.
O bloqueio da renda que Pitta
poderia obter do livro foi conseguido pelo advogado Flávio Crocce Caetano, 31, que defende o
atual presidente da Câmara, José
Eduardo Cardozo (PT), e Odilon
Guedes (PT), hoje administrador
regional do Jabaquara.
Segundo o advogado dos dois
então vereadores, seus honorários foram fixados em R$ 32 mil.
"A decisão judicial será cumprida, e os direitos autorais serão depositados em juízo", disse ontem
o ex-secretário de Comunicação
de Pitta, Antenor Braido.
Se depender da editora, contudo, o pagamento não será feito.
Segundo Martin Claret, 74, dono
da editora que lançou o livro de
Pitta, o ex-prefeito não tem nada a
receber da empresa.
De acordo com Claret, a editora
antecipou no ano passado R$ 40
mil a Pitta. Até agora, segundo ele,
apenas mil livros foram vendidos,
a R$ 19,50 cada -a 1ª edição teve
tiragem de 5.000 exemplares.
"Para conseguir recuperar o
que investi e o que já foi antecipado ao autor, preciso vender pelo
menos 15 mil livros", afirmou o
proprietário da editora. (JCS)
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