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SP anuncia plano para saúde do docente
Programa terá equipes com médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros
Especialidades são das áreas em que servidores mais têm problemas e são as maiores causas de absenteísmo
Bruno Fernandes/Folha Imagem
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Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol, docente que está afastada das aulas desde 2002 por problemas nas cordas vocais
DE SÃO PAULO
O governo Alberto Goldman (PSDB) reconhece que é
preciso melhorar as condições de saúde dos professores de sua rede.
Tanto que deve anunciar,
em um mês, um programa de
prevenção e eventual tratamento para os 65 mil servidores da educação da capital
paulista.
Segundo o chefe de gabinete da Secretaria da Educação, Fernando Padula, a
ideia surgiu há três anos, por
conta das inúmeras faltas
dos docentes. À época, a cada dia, 12,8% deles não compareciam às aulas.
"Havia muito abuso, por
isso mudamos a legislação.
Mas verificamos também que
era preciso olhar para a qualidade de vida dos servidores", afirmou.
O governo limitou a seis o
número de faltas para exames médicos. Até então, o
servidor podia faltar metade
do ano sem desconto do salário desde que apresentasse
atestado médico.
Segundo o governo antecipou à Folha, o novo programa, chamado SP Educação
com Saúde, formará equipes
com médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros, que circularão pelas
escolas estaduais.
Algumas equipes ficarão
fixas nas diretorias de ensino. As especialidades escolhidas coincidem com as
áreas em que os docentes
mais têm problemas -como
lesões nas cordas vocais, dores na coluna e distúrbios
psicológicos- e são as maiores causas de absenteísmo.
Os profissionais das equipes serão da entidade filantrópica Santa Marcelina. O
servidor que tiver algum problema de saúde diagnosticado será encaminhado ao
Hospital do Servidor Público
para tratamento.
PREVENÇÃO
Segundo a Secretaria da
Educação, o programa é inédito no país. "Vamos atuar
na prevenção de agravos, para que os professores faltem
menos e estejam mais dispostos, o que impactará na
qualidade de ensino", afirma
Fernando Padula.
Sobre o número de docentes readaptados, o governo
estadual afirma que o índice
vem caindo, tomando como
base os dados fechados por
ano. Em 2007, foram 902; no
ano passado, 341.
(FÁBIO TAKAHASHI)
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