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BARBARA GANCIA
Eu confio piamente no Parreira
Será que o torcedor se acha mais credenciado do que o técnico com 30 e tantos anos de experiência na seleção?
APOSTO UM PICOLÉ de limão como, no fundo do âmago de seu
ser íntimo (como diria Anais
Nin), o Parreira deve achar o torcedor tapuia um boçal histérico.
O técnico da nossa gloriosa seleção é homem consciencioso, profissional experiente, de competência
testada e amplamente aprovada
pelo mundo inteiro.
E é obrigado a perder tempo e saliva prestando contas de suas ações
para uma cambada de jornalistas
metidos a expert, que passam horas
em mesas-redondas na TV fazendo
análises descartáveis que raramente
se comprovam.
Dá para entender que o elegante
técnico da seleção chegue a demonstrar um tiquinho de irritação nas
respostas ao "poeta" Pedro Bial, que
entende de futebol como eu de capoeira, meu caro leitor?
E o Bial só faz aquelas perguntas
bobocas porque são essas as questões que o telespectador, grande
"connaisseur" da bola, quer saber.
Pois sou capaz de encher os pulmões, abrir a janela e gritar para o
bairro inteiro ouvir: "Eu confio
no Parreira". Melhor: para o próximo jogo da seleção, vou mandar
fazer uma camiseta com letras garrafais: EU CONFIO PIAMENTE
NO PARREIRA.
Chega de ficar implicando com a
escalação do homem: se Parreira
acha que tem de colocar o Ronaldo e
o Adriano no time, se resolver apostar no Ricardinho ou quiser deixar o
Juninho Pernambucano no banco,
se decidir transformar o Lúcio em
centroavante, eu dou a maior força.
Afinal, ele é que sabe o que realmente acontece com o grupo. Ele é
que passou os últimos três anos e
meio montando um time para trazer a taça. Ou será que o torcedor se
acha mais credenciado do que o
técnico campeão do mundo com
30 e tantos anos de experiência de
seleção brasileira?
Bem, agora que já dei o recado, vamos às amenidades: o que era aquele
uniforme da seleção no jogo contra o
Japão? Ovo frito?
E a Sandra Annenberg, deixou o
Ernesto Paglia lá na Copa e voltou
para casa? Eu entendo a apresentadora do "Jornal Hoje". Na Alemanha tem muito mosquito. Tanto é
que estou pensando em mandar um
frasco de Autan por Fedex para meu
mestre, o divinamente debochado
Silvio Luiz. É brincadeira o que tem
de muriçoca em volta da Fátima
Bernardes quando ela transmite seu
boletim diário no "Jornal Nacional".
Tenho até medo de que ela engula
um inseto qualquer na hora do "Boa
noite, William". Olhaí, Galvão: em
boca fechada não entra mosquito!
Dica para peregrinação
É bom que meus amigos Rogério
Fasano e Massimo Ferrari abram o
olho. Não sou chegada em menu
degustação, mas, na semana passada, tive uma das experiências gastronômicas mais impressionantes
da minha vida no restaurante Supra, do Itaim Bibi. O fagotelli alla
Heinz Beck que me foi servido simplesmente redefine o conceito de
"spaghetti alla carbonara".
Maldade
Alô, Sociedade Protetora dos Animais! Algum espírito de porco está
jogando sementes de mamona (altamente tóxicas para cães e gatos)
dentro de casas do bairro da Aclimação que tenham pets.
barbara@uol.com.br
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