São Paulo, sábado, 23 de junho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo tem pronto "plano de cargos e salários" para os controladores de vôo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo já tem pronta a minuta de uma medida provisória criando uma carreira de controladores de tráfego aéreo, com possibilidade de ascensão funcional (hoje, o teto é de sargentos) e aumento de soldos.
O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, porém, disse que não é hora de se discutir qualquer vantagem para a categoria: "Nós, militares, não trabalhamos dessa forma. Não admitimos reivindicação de subordinado que infringe a lei e os regulamentos".
O plano para encerrar a crise prevê quatro frentes em relação aos controladores: prisão e afastamento disciplinar dos líderes e dos que aderirem a eles em solidariedade, o inquérito militar que corre na Justiça em paralelo, a prontidão de controladores em diferentes pontos do país e posterior atendimento às reivindicações da categoria -ou seja, uma espécie de prêmio para os que resistiram ao movimento.
Enquanto afastava os líderes em Brasília, a Aeronáutica também deixou de prontidão os profissionais de quatro bases aéreas: Santa Cruz, no Rio, Anápolis, em Goiás, Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e Pirassununga, em São Paulo. Eles se somam aos controladores especializados em segurança e defesa aérea, ou seja, em atuação estritamente militar.
Os que foram punidos e deslocados para o centro de defesa aérea estarão sob vigilância direta de oficiais superiores de várias patentes, enquanto não sai o resultado do IPM (Inquérito Policial Militar), que pode punir até com a expulsão da corporação -o que impede, por exemplo, que o oficial atingido volte a fazer concurso público para qualquer outra área, inclusive civil.


Texto Anterior: Trechos
Próximo Texto: Para evitar um novo "relaxa e goza", Lula determina "cala-boca" a ministros
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.