|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Empresas aéreas vão à Justiça contra o governo
Companhias querem cobrar prejuízo causado pela crise
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
As companhias aéreas desistiram de cobrar em âmbito administrativo o prejuízo causado pelo caos aéreo. O Snea (Sindicato Nacional das Empresas
Aeroviárias) decidiu entrar na
Justiça contra a União.
Segundo Geraldo Vieira, advogado do sindicato, as companhias entrarão na próxima semana com um protesto judicial, com o objetivo de forçar o
governo a partir para a negociação. Caso não haja consenso, as
empresas vão entrar individualmente com ações de indenização por perdas e danos.
A decisão marca uma mudança no tom de discussão entre empresas e governo. Desde
novembro as companhias reivindicam ressarcimento pelos
gastos extras com combustível,
tripulação, assistência a passageiros e danos de imagem.
Segundo o Snea, a questão foi
analisada primeiro pela Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil), que concluiu não ser de
sua responsabilidade o julgamento pela questão. Depois
disso, o sindicato diz que tentou dialogar com o Ministério
da Defesa, mas não teve êxito.
Ontem, o sindicato trabalhava numa proposta pedindo providências ao Conac (Conselho
Nacional de Aviação Civil), responsável por criar políticas para a aviação. O documento deve
ser apresentado na segunda.
"O apagão está significando
prejuízos brutais às empresas.
Se continuar nesse estado mais
alguns meses, inviabilizará economicamente as empresas."
O objetivo do protesto judicial, que não precisa ser contestado pela União, é ressalvar os
direitos das empresas e manifestar a intenção do setor de
modo formal. Segundo Vieira, o
governo pode ignorar o protesto ou partir para a negociação.
Em abril, o Snea estimava os
prejuízos em R$ 100 milhões.
Segundo Vieira, o número atual
pode ser bastante superior.
Texto Anterior: Federação diz que espaço aéreo do país é inseguro Próximo Texto: FAB chegou a suspender vôos internacionais em SP Índice
|