São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2008

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Só 60 militares estão no morro, diz Exército

DA SUCURSAL DO RIO

O Exército informou que reduziu de 200 para 60 o número de integrantes de suas tropas presentes no morro da Providência, região central do Rio.
Ontem o dia foi de tranqüilidade na área. Militares do Exército continuam na comunidade pelo menos até o dia 26, prazo dado pela Justiça para o governo federal apresentar uma solução definitiva sobre as obras do Projeto Cimento Social e a presença das Forças Armadas no local.
Os militares estão mais concentrados no local das obras, junto à rua Barão da Gamboa, como determinou a Justiça Federal. Mas há também pequenos grupos no acesso à Vila Portuária e no local conhecido como Cruzeiro, no alto do morro.
Na sexta-feira, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, decidiu autorizar a presença do Exército apenas na área do canteiro de obras, localizado na parte baixa da favela, para garantir a segurança dos trabalhadores.
A decisão da Justiça Federal foi motivada pela morte de três jovens, moradores do morro da Providência, que foram entregues a líderes do tráfico do morro da Mineira por oficiais do Exército que estariam cuidando da segurança das obras do projeto Cimento Social.
O morro da Mineira é controlado pela ADA (Amigos dos Amigos), facção rival do CV (Comando Vermelho), que controla o tráfico no morro da Providência.
Na manhã de ontem, mais de 30 soldados patrulhavam a parte alta do morro, distante do canteiro. Mas, segundo o Exército, estavam em locais necessários para dar segurança aos equipamentos das obras.
"Se eu não ocupar as elevações que dominam o canteiro de obras, não estou falando de segurança. Minha tropa fica ali como se fosse um alvo fácil para qualquer meliante lá de cima", disse o coronel Silva Junior, responsável pelas obras.


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