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WILSON RODRIGUES DE MORAES (1927-2010)
Folião e pesquisador do samba
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Eram ambos foliões de um
mesmo cordão quando se conheceram em São Paulo. Wilson Rodrigues de Moraes, arquiteto e funcionário público, não perdia um Carnaval.
Marina tampouco -gostava
mais da festa do que ele.
Em 1952, estavam casados.
Na avenida, ela era porta-bandeira. Para acompanhá-la, Wilson passou a sair como
mestre-sala. O casal desfilou
pela Camisa Verde e Branco,
Barroca Zona Sul e Vai-Vai.
Nascido em Itapetininga,
no interior de São Paulo, ele
veio à capital aos três anos.
Logo após se formar pela
USP, entrou para o Departamento de Obras Públicas do
Estado. Depois, trabalhou no
Departamento de Águas e
Energia Elétrica, onde se
aposentou, aos 70 anos.
Sua paixão era o samba.
Não só ia para a avenida brincar, como começou a estudar
a origem das escolas. Foi um
dos primeiros a escrever sobre o assunto em São Paulo,
tendo publicado livros.
Interessava-se pelo folclore, pelos mitos, ritos e religiões. E até por astrologia.
Por muitos anos, também
foi juiz de Carnaval.
Tinha ainda um lado artista, como pintor de quadros.
Na primeira fase, fez colagens esotéricas. Na segunda,
mudou para a pintura a óleo.
Costumava juntar seus trabalhos e ir vendê-los na praça da República, no centro de
São Paulo. Dava alguns de
presente a amigos e familiares, lembra o irmão Waldyr.
Ficou viúvo em 2007, perdendo o interesse pelas coisas. Morreu na quinta, aos
82, após um infarto. Deixa
uma filha. A missa de sétimo
dia será amanhã, às 18h30,
na igreja Nossa Senhora Aparecida, em Moema, SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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