São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2010

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WILSON RODRIGUES DE MORAES (1927-2010)

Folião e pesquisador do samba

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Eram ambos foliões de um mesmo cordão quando se conheceram em São Paulo. Wilson Rodrigues de Moraes, arquiteto e funcionário público, não perdia um Carnaval. Marina tampouco -gostava mais da festa do que ele.
Em 1952, estavam casados. Na avenida, ela era porta-bandeira. Para acompanhá-la, Wilson passou a sair como mestre-sala. O casal desfilou pela Camisa Verde e Branco, Barroca Zona Sul e Vai-Vai.
Nascido em Itapetininga, no interior de São Paulo, ele veio à capital aos três anos.
Logo após se formar pela USP, entrou para o Departamento de Obras Públicas do Estado. Depois, trabalhou no Departamento de Águas e Energia Elétrica, onde se aposentou, aos 70 anos.
Sua paixão era o samba. Não só ia para a avenida brincar, como começou a estudar a origem das escolas. Foi um dos primeiros a escrever sobre o assunto em São Paulo, tendo publicado livros.
Interessava-se pelo folclore, pelos mitos, ritos e religiões. E até por astrologia.
Por muitos anos, também foi juiz de Carnaval.
Tinha ainda um lado artista, como pintor de quadros. Na primeira fase, fez colagens esotéricas. Na segunda, mudou para a pintura a óleo.
Costumava juntar seus trabalhos e ir vendê-los na praça da República, no centro de São Paulo. Dava alguns de presente a amigos e familiares, lembra o irmão Waldyr.
Ficou viúvo em 2007, perdendo o interesse pelas coisas. Morreu na quinta, aos 82, após um infarto. Deixa uma filha. A missa de sétimo dia será amanhã, às 18h30, na igreja Nossa Senhora Aparecida, em Moema, SP.

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