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EDUCAÇÃO
Associação dos docentes não havia divulgado balanço até as 19h; paralisação em algumas instituições chega a 85 dias
Greve acaba em 9 das 52 federais, diz MEC
das Sucursais e da Agencia Folha
Os alunos de graduação da Unifesp (Universidade Federal de São
Paulo) voltaram ontem às aulas
com a expectativa de perder metade do período de férias.
Os professores da Unifesp foram
os primeiros a decidir, na semana
passada, encerrar a paralisação.
A greve das universidades federais teve início em 31 de março,
mas a Unifesp aderiu a ele cerca de
um mês depois. Por isso, serão necessários repor cerca de 30 dias letivos, avalia o pró-reitor de Graduação Durval Rosa Borges, reduzindo o período de férias (em média dois meses) pela metade.
"Cada um dos cinco cursos definiu um programa de reposição
próprio, mas as férias dos alunos
que estão fazendo disciplinas teóricas ficam comprometidas", diz.
Segundo o Ministério da Educação, 9 das 52 instituições federais
de ensino superior encerraram totalmente o movimento. Até as 19h
de ontem, a Andes (associação de
docentes) não havia divulgado seu
balanço. Os professores completam hoje 85 dias de greve.
Outras federais estão voltando,
aos poucos, às aulas. A Faculdade
de Filosofia e Ciências Humanas e
a Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) retomaram
parcialmente as aulas ontem.
Vários professores das duas faculdades ainda continuam em greve, mas as diretorias não informaram o número dos docentes que
não compareceram ao trabalho.
Havia dúvida sobre a quantidade
de professores que retornariam às
atividades, e a presença dos alunos
foi pequena. O diretório estudantil
da Faculdade de Ciências Humanas decidiu boicotar a volta às aulas. A Associação Profissional dos
Docentes da UFMG afirma que as
dissidências não são expressivas.
No Rio de Janeiro, os professores
da Escola de Comunicação da
UFRJ (Universidade Federal do
Rio de Janeiro) decidiram ontem
voltar às aulas no dia 29, independentemente do resto da categoria.
Professores do Instituto de Física
da UFRJ também anunciaram que
são contra a paralisação e já estão
dando aulas. Eles estão entre um
grupo de setores que continuam
com suas atividades, como os do
Centro de Tecnologia, do Instituto
de Física e do de Matemática.
A Faculdade de Direito de Uberlândia decidiu, em assembléia na
sexta, voltar às aulas a partir de
amanhã. Os professores da faculdade representam cerca de 5% do
corpo docente da universidade. Os
outros professores da universidade decidiram, em assembléia realizada ontem, manter a paralisação.
Professores da UnB (Universidade de Brasília) votaram ontem em
assembléia pela continuação do
movimento grevista, mas docentes
de 4 dos 64 departamentos da universidade voltaram às aulas.
Os professores da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos)
decidiram em assembléia realizada
ontem manter a greve. Uma nova
assembléia está programada para
quinta-feira.
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