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ELEIÇÃO
Candidata é da Faculdade de Direito
USP indica pela 1ª vez mulher para direção
da Reportagem Local
Pela primeira vez em 170 anos de
existência, uma mulher foi indicada e encabeça a lista tríplice para
assumir a direção da Faculdade de
Direito da USP, uma das mais tradicionais do Brasil.
Ela é a professora Ivete Senise
Ferreira, 63, especializada em direito criminal, que recebeu maioria dos votos e, por isso, lidera com 54 votos a lista tríplice.
A lista foi montada pela Congregação da faculdade a partir dos votos dos professores e de representantes dos alunos e funcionários.
Ao todo, foram computados 84
votos no terceiro escrutínio.
Nos dois escrutínios anteriores,
também realizados ontem, a professora Ivete liderou a votação. A
eleição foi para o terceiro escrutínio porque, nas duas votações anteriores, nenhum dos indicados
obteve o mínimo de 68 votos. No
terceiro escrutínio não havia número mínimo de votos.
Além da professora Ivete, constam da lista os advogados Dalmo
de Abreu Dallari e Fábio Konder
Comparato, respectivamente, segundo e terceiro colocados no escrutínio, com 47 e 29 votos.
A lista será encaminhada hoje ao
reitor da USP, Jacques Marcovitch, responsável pela escolha final. Ele não é obrigado a ratificar o
nome do primeiro colocado da lista, mas, normalmente, isso acontece. Uma das raras vezes em que
isso não aconteceu foi em 86,
quando Dallari era terceiro na lista
e acabou sendo o escolhido.
Desta vez, no entanto, a expectativa é que Ivete seja confirmada
como diretora da Faculdade de Direito da USP. Não há um prazo definido para o reitor tomar a decisão, mas a decisão final deve ser
divulgada até o final da semana.
Ivete é professora da Faculdade
de Direito da USP desde 71. Ela é
diretora do Departamento de Direito Penal, além de ocupar outros
postos administrativos: ela é
membro do Conselho Universitário, da Congregação e da Comissão de Legislação e Recursos.
Sua tese de livre-docência, de 88,
se chama "A Tutela Penal do Patrimônio Cultural".
Mãe de duas filhas, a professora
Ivete foi casada com o jurista Manoel Gonçalves Ferreira Filho.
(MARTA AVANCINI)
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