IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Por falta de dinheiro, a Polícia Federal ameaça fechar a Cadeia Pública Federal do Acre, onde o ex-deputado Hildebrando Paschoal está detido. A prisão funciona com 30 agentes selecionados em todo o país, que ficam 25 dias no local, em sistema de rodízio.
A última equipe, enviada há dois meses ao Acre, pede desde o início deste mês ao diretor-geral, Armando de Assis Possa, o pagamento de diárias e alimentação. A Folha apurou que Possa não tem a verba. Alguns agentes voltaram para seus Estados por falta de recursos, segundo ofício enviado ao coordenador de Orçamento e Finanças da PF, Edson Jorge Filho.
Os 28 agentes que continuam na cadeia trabalham em turnos de 24 horas, descansando por dois dias.
Por falta de pagamento, os telefones da superintendência de Mato Grosso ficaram mudos ontem.

Outro lado
Indagada sobre a crise no Acre, a assessoria do Ministério da Justiça disse que o problema será resolvido nas próximas horas, com a liberação de R$ 20 milhões.
O órgão confirmou que há policiais com diárias atrasadas, no Acre e em "diversas operações" no país, exceto no Espírito Santo, onde, segundo a assessoria, o ministro não deixa faltar dinheiro -no Estado, a PF promove operação contra o crime organizado.
No mês passado, reportagem da Folha revelou que o grupo que atua no Espírito Santo não havia recebido verba para alojamento.


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