São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 2002

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"Nada muda", diz advogado de Belo

DA SUCURSAL DO RIO

A situação do cantor Marcelo Pires Vieira, 28, o Belo, no processo em que é réu sob a acusação de envolvimento com o tráfico de drogas, não mudará com a morte do traficante Waldir Ferreira, o Vado, afirmou ontem o advogado Raphael Mattos.
"Tudo continuará da mesma forma. Ele vai continuar prestando depoimentos à Justiça até o fim do processo", informou Mattos, que não entrará com uma ação para anular o processo.
Segundo Mattos, o cantor não quer dar declarações públicas sobre a morte do traficante. Wado foi morto em um tiroteio com a polícia na noite de terça-feira.
A voz de Belo foi identificada por perícia, em gravações telefônicas feitas pela polícia, com autorização judicial, em abril deste ano. Nas fitas, o cantor conversava com o traficante.
Segundo a polícia, Belo daria dinheiro para que Vado comprasse o que chama no telefonema de "tecido fino" em troca de um "tênis AR". De acordo com a polícia, as expressões significariam cocaína e um fuzil AR-15. Vado era o único elo que ligava o cantor ao processo.
Belo foi indiciado e ficou 36 dias preso na DAS (Delegacia Anti-Sequestro), mas foi beneficiado por habeas corpus e responde em liberdade ao processo, que corre na 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Se condenado, o cantor pode pegar mais de 30 anos de prisão.


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