São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 2002

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Convocação de policiais para apoiar secretário em ato será investigada

DA REPORTAGEM LOCAL

Além de investigar o uso de carros e a participação de policiais no ato de terça-feira na Assembléia Legislativa -em que entidades de defesa dos direitos humanos pediram o afastamento do secretário Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança Pública)-, o Ministério Público e a Corregedoria da Polícia Civil vão apurar a convocação que teria sido feita, por e-mail, pelo delegado titular da 2ª Delegacia Seccional, Olavo Reino Francisco, para que seus subordinados comparecessem ao ato.
A Corregedoria determinou ontem a abertura de procedimento de apuração preliminar para investigar a convocação por e-mail, divulgada ontem pelo jornal "Diário de S. Paulo". Segundo o corregedor da Polícia Civil, Roberto Maurício Genofre, serão enviados ofícios aos departamentos da polícia, solicitando informações sobre que policiais estiveram no local e por que razão.
"A convocação, o uso dos carros, tudo será investigado para sabermos o que houve", disse. De acordo com o corregedor, se comprovada a existência de irregularidades, a apuração pode implicar a abertura de uma sindicância contra os responsáveis.
O promotor da Cidadania Silvio Antonio Marques, que abriu procedimento investigatório para apurar se houve irregularidade administrativa prevista na Lei de Improbidade, disse ontem que o e-mail e as circunstâncias de seu envio também serão investigados.
Ontem, foram enviados ofícios a Abreu Filho e ao delegado-geral, Marco Antonio Desgualdo, pedindo explicações sobre o caso.
A Secretaria do Estado da Segurança Pública, por meio de sua assessoria, informou que não iria se manifestar já que o caso é objeto de investigação. O delegado Olavo Reino Francisco informou, por meio de sua secretária, que não falaria sobre o assunto.


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