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PORTO FERREIRA
Conselho tutelar ofereceu acompanhamento psicológico e ginecológico para as 12 garotas que teriam sofrido abuso
Seis vereadores acusados pedem licença
DIOGO PINHEIRO
DA FOLHA CAMPINAS
Os seis vereadores de Porto Ferreira (228 km de São Paulo) acusados pelo Ministério Público de
corrupção de menores, formação
de quadrilha e favorecimento à
prostituição pediram ontem licença por 30 dias da Câmara.
O pedido será analisado na próxima segunda-feira por nove vereadores. Segundo o advogado da
Câmara, Ivo Hissnauer, é necessário maioria absoluta para realizar a sessão. Após a aprovação,
seis vereadores suplentes terão 15
dias para assumir o cargo.
Dos seis vereadores que tiveram
prisão preventiva decretada pela
Justiça anteontem, somente o
presidente da Câmara, Luís César
Lanzoni (PTB), ainda não havia se
apresentado a polícia.
Os vereadores Laércio Storti
(PSDB), João Lázaro (PSDB), Luiz
Borceda (PSDB), Gerson Pelegrini (PV) e Edivaldo Biffi (PL) continuam presos na cadeia de Descalvado (242 km de São Paulo).
Outras seis pessoas -os empresários Carlos Alberto Rossi e
José Carlos Terassi, os comerciantes João Pelegrini e Nelson da Silva, o servidor municipal Paulo
César da Silva e o suplente de vereador Valter de Oliveira Mafra
(PTB)- tiveram a prisão decretada. Terassi e Mafra continuam
foragidos.
O Ministério Público denunciou ainda os comerciantes Luiz
Dozzi Tezza, Albino Bruno Júnior
e Ivo de Oliveira Capioglio, o servidor municipal Roberto Dias
Pinto e Vânia Regina Alves dos
Santos, apontada no inquérito
policial como prostituta.
O diretor administrativo da prefeitura, Jorge Arnoni, disse que os
servidores envolvidos responderão a processo administrativo.
A Secretaria Estadual de Educação informou que abriu sindicância para apurar o envolvimento
do vereador Borceda, que é professor de escola estadual.
Os advogados dos acusados,
que negam as acusações, protocolaram na Justiça pedido de revogação das prisões de 11 dos 12 detidos. A juíza da 1ª Vara de Porto
Ferreira, Sueli Juarez Alonso, só
vai se manifestar na segunda.
O único que não teve o pedido
de revogação de prisão feito foi
Mafra, acusado de agenciamento
das adolescentes e estupro.
Segundo a polícia, 12 jovens entre 13 e 16 anos recebiam de R$ 30
a R$ 50 para manter relações ou
participar de jogos sexuais com os
acusados em festas.
O Conselho Tutelar encaminhou três das 12 adolescentes para um abrigo. As demais continuam com suas famílias. O órgão
vai oferecer acompanhamento ginecológico e psicológico a todas.
"Nos depoimentos, elas disseram
que não havia nenhum tipo de
preocupação com a prevenção de
doenças sexualmente transmissíveis", disse o conselheiro Adilson
Aparecido Feliciano.
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