São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 2006

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Entrevista

"Tive que parar, senão morria", diz ex-fumante

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

José Carlos Marques Carneiro, 60, começou a fumar aos 15 anos, escondido dos pais. Perdeu a perna direita em 1981 e a esquerda dois anos depois. Ele renovou o contrato com o Ministério da Saúde e continuará aparecendo nos maços. (IN)

 

FOLHA - Por que demorou 15 anos para acionar a Justiça?
JOÃO CARLOS MARQUES CARNEIRO -
Procurei a Souza Cruz. Enviei quatro cartas para resolver sem ir à Justiça.

FOLHA - Como o sr. começou a fumar?
CARNEIRO -
Tinha 15 anos e ainda estava no colégio. Começou como uma brincadeira de amigos. Fumava Continental, e sem filtro. Depois de seis meses, estava viciado.

FOLHA - Quanto por dia?
CARNEIRO -
Até 1981, um maço. Depois, três carteiras. Fiquei muito debilitado. Era dependente químico. Ao amputar a perna, a sala de cirurgia ficou com cheiro de nicotina, porque era só o que tinha nas veias. Depois tive que parar, senão morria.


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