DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo estuda definir em duas horas o tempo máximo que as companhias aéreas podem atrasar seus vôos sem serem multadas por isso.
De acordo com o ministro Nelson Jobim (Defesa), atualmente, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) pode multar as empresas aéreas apenas por atrasos acima de quatro horas.
A idéia é manter a regra para vôos internacionais, mas diminuir para duas horas em vôo nacionais.
De acordo com a Anac, as multas têm valor máximo de R$ 10 mil.
Em julho, a Folha já revelara que a agência, porém, aplica valores bem abaixo do teto, em média R$ 2.000 por atraso. As companhias também são punidas apenas uma vez, mesmo que vários passageiros se queixem.
"Vamos estabelecer penas para as empresas por atrasos. Pode-se pensar em quatro horas para vôos internacionais e duas horas, supomos, para vôos nacionais. Precisamos inverter a regra: as empresas é que devem servir aos usuários e não o contrário", disse.
O Snea (sindicato das empresas aéreas) não se manifestou até o fechamento desta edição.

Carga horária
Jobim anunciou ontem ainda que o governo estuda fiscalizar a manutenção das aeronaves e a carga horária da tripulação. Ele disse que recebeu denúncia de que pilotos estariam sendo "convidados" pelas companhias a voar mais um trecho depois do horário de trabalho.


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