|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Hotel tem reservas canceladas após ação de criminosos
Gerente do Hotel Intercontinental, na zona sul do Rio, disse que a invasão do local prejudica imagem da cidade
PM nega que a ação de sábado tenha se iniciado após tentativa frustrada da polícia de prender traficante Nem
ELVIRA LOBATO
DO RIO
Após ser invadido por criminosos, no sábado, o Hotel
Intercontinental teve 73 reservas de apartamentos canceladas. O hotel, de cinco estrelas, estava com todos os
418 apartamentos ocupados
no sábado, quando dez bandidos invadiram suas dependências e fizeram 35 reféns.
Com medo de novos ataques, turistas cancelaram reservas e vários hóspedes anteciparam a saída. O Fluminense usaria o hotel como local de concentração para o
jogo de ontem, mas desistiu.
O gerente-geral do hotel,
Michel Chertouh, elogiou a
ação da polícia, que não deixou feridos, mas disse que o
episódio prejudicou a imagem do hotel e a do Rio.
Os hóspedes relataram
momentos de pavor. Um turista estrangeiro, que estava
no 16º andar, amarrou um
lençol na janela, mas foi convencido de que seria impossível fugir pela fachada.
A enfermeira paulista
Nancy Yanauchi disse que
tomava o café da manhã com
o marido e o filho no momento da invasão, e que funcionários do hotel os trancaram
em uma sala -com mais cerca de 60 hóspedes- para
protegê-los dos bandidos.
Enquanto estiveram trancados, diz ela, os funcionários do hotel lhes passavam
informações, a cada 10 minutos, em três idiomas, já que
havia muitos estrangeiros.
Ontem, foi realizada a 14ª
Meia Maratona Internacional
do Rio, cuja largada foi justamente em frente ao hotel.
ACASO
O porta-voz da PM, coronel
Henrique Lima Castro, negou
que a ação tenha se iniciado
após tentativa frustrada da
polícia de fazer uma emboscada para prender Francisco
Bonfim Lopes, o Nem, chefe
do tráfico da Rocinha.
"O encontro com os bandidos foi totalmente ao acaso",
afirmou. A polícia alega que
um grupo de 40 traficantes
seguia em direção à favela
quando a PM os encontrou.
Parte fugiu e invadiu o hotel.
Presidente da Associação
de Moradores do Vidigal, José Valdir Cavalcante, o Zé da
Rádio, disse ontem que Nem
estava no baile funk na madrugada de sábado na favela.
FOLHA.com
Veja o momento em que
os bandidos são rendidos
folha.com.br/mm787036
Texto Anterior: Edmundo Lemanski (1926-2010): Criou uma rede de comunicação Próximo Texto: Análise: O Rio das Olimpíadas e da Copa espera as respostas Índice
|