DA REDAÇÃO

A cantora mexicana Gloria Trevi, que ficou presa no Brasil entre janeiro de 2000 e dezembro de 2002, foi inocentada pela Justiça de seu país das acusações de seqüestro e corrupção de menores.
A Justiça de Chihuahua (norte do país) considerou, anteontem à noite, não haver evidências suficientes para condenar Trevi, 36, e duas cantoras da sua banda, também acusadas de abuso de adolescentes. O processo movido contra outro acusado dos crimes, seu empresário, Sergio Andrade, corre separadamente.
Após a sentença, a cantora anunciou o lançamento de um novo disco para contar sua experiência "no inferno" -os quase cinco anos em que ficou presa. Mas promotores ainda avaliam se apelarão da sentença e se manterão duas acusações contra Trevi na Cidade do México.
Gloria Trevi teve um filho no Brasil no período em que estava presa na Polícia Federal em Brasília, mesmo não podendo receber visitas íntimas. Ela alegou ter sido estuprada, mas um exame de DNA apontou Sergio Andrade como o pai de Angel Gabriel, hoje com dois anos e meio.
Seu advogado no Brasil, Geraldo Magela, estuda processar o governo brasileiro por danos materiais em decorrência do período em que a cantora ficou presa no país. "Por quase dois anos, Trevi foi impedida de trabalhar, e era uma mulher que faturava US$ 1 milhão por mês", afirmou.