São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2005

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Superintendente admite falhas

DA SUCURSAL DO RIO

O superintendente em exercício da PF, Roberto Prel, admitiu ontem que não foram tiradas cópias das notas furtadas da sede do órgão no fim de semana passado, ao contrário do que ele próprio havia declarado na última segunda, dia em que o crime foi descoberto.
Prel também disse que não foi cumprida a instrução normativa da PF, de julho, que determina o depósito de dinheiro apreendido no Banco Central. A contagem das cédulas, disse ele, só acabou na sexta e, em seguida, houve a apresentação aos jornalistas.
O evento à imprensa teve início por volta das 14h e terminou um pouco antes das 17h de sexta.
Em depoimento à Corregedoria da PF, ao qual a Folha teve acesso, o escrivão-chefe da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), Fábio Kair, disse que estava pronto para depositar o valor ( 677.230, US$ 63.204 e R$ 21.905) no Banco do Brasil. Só não o fez por ter recebido uma ordem direta de Prel para esperar.
Prel negou ter dado ordens para o dinheiro não ser depositado. "Em nenhum momento dei a ordem de não depositar o dinheiro. Apresentamos o dinheiro à imprensa, sim, como satisfação à sociedade, como também mostramos a droga e os carros."
Sem afirmar que o escrivão-chefe é um suspeito do furto, Prel disse que ele está sob investigação porque tinha a custódia do dinheiro. Segundo Prel, a afirmação de que havia cópias das notas foi "uma estratégia" para confundir os ladrões e dar tempo à PF para avisar instituições financeiras sobre uma possível tentativa de troca de notas de euro e dólar.


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