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Superintendente admite falhas
DA SUCURSAL DO RIO
O superintendente em exercício
da PF, Roberto Prel, admitiu ontem que não foram tiradas cópias
das notas furtadas da sede do órgão no fim de semana passado, ao
contrário do que ele próprio havia
declarado na última segunda, dia
em que o crime foi descoberto.
Prel também disse que não foi
cumprida a instrução normativa
da PF, de julho, que determina o
depósito de dinheiro apreendido
no Banco Central. A contagem
das cédulas, disse ele, só acabou
na sexta e, em seguida, houve a
apresentação aos jornalistas.
O evento à imprensa teve início
por volta das 14h e terminou um
pouco antes das 17h de sexta.
Em depoimento à Corregedoria
da PF, ao qual a Folha teve acesso,
o escrivão-chefe da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), Fábio Kair, disse que estava
pronto para depositar o valor
( 677.230, US$ 63.204 e
R$ 21.905) no Banco do Brasil. Só
não o fez por ter recebido uma ordem direta de Prel para esperar.
Prel negou ter dado ordens para
o dinheiro não ser depositado.
"Em nenhum momento dei a ordem de não depositar o dinheiro.
Apresentamos o dinheiro à imprensa, sim, como satisfação à sociedade, como também mostramos a droga e os carros."
Sem afirmar que o escrivão-chefe é um suspeito do furto, Prel
disse que ele está sob investigação
porque tinha a custódia do dinheiro. Segundo Prel, a afirmação
de que havia cópias das notas foi
"uma estratégia" para confundir
os ladrões e dar tempo à PF para
avisar instituições financeiras sobre uma possível tentativa de troca de notas de euro e dólar.
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