|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Outro lado
Corregedoria da polícia diz que aguarda notificação judicial para averiguar falha
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria da Segurança
Pública de São Paulo informou
que a falha na identificação do
catador José Machado Sobral
pode ser investigada pela Corregedoria da Polícia Civil.
"A Corregedoria da Polícia
Civil aguarda notificação da
Justiça para que possa apurar o
caso", diz a nota divulgada na
última sexta-feira.
Desde às 21h32 da última
quarta-feira, a Folha enviou à
pasta pedido de explicações sobre a falha e pedido de entrevista com o delegado Aquiles
Martins. Reafirmou o pedido
em pelo menos uma dezena de
telefonemas. Todo o teor da reportagem foi informado desde
o primeiro instante.
Sobre o delegado, as informações foram que o policial,
plantonista do 1º DP (Distrito
Policial) de Guarulhos, não foi
encontrado na quinta-feira e,
na sexta-feira, foi localizado
viajando, mas só voltaria hoje.
Um das questões enviadas, e
não esclarecidas, buscava esclarecer como a polícia disse
que o suspeita era José Manuel
de Sobral se não há fotos nem
digitais do suspeito nem em SP
nem em Pernambuco.
De acordo com o juiz Rodrigo Capez, se não fosse a identificação errada enviada pela polícia, José Machado Sobral não
ficaria preso apenas pelo crime
de receptação. Salvo, genericamente, se houvesse risco de fuga (o catador tinha endereço fixo) ou algum envolvimento
com outro tipo de crime.
O magistrado diz, ainda, que
a pena prevista para a recepção
é de um ano a quatro anos de
prisão. Em caso de réu primário, a pena de um ano é transformada em prestação de serviços à comunidade. O julgamento sobre a compra de veículo
por José ainda não ocorreu.
Texto Anterior: José, 54, fica dois anos preso por engano Próximo Texto: "Pensei que não ia sair mais", afirma vítima, que pede punição a delegado Índice
|