São Paulo, domingo, 23 de setembro de 2007

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Outro lado

Corregedoria da polícia diz que aguarda notificação judicial para averiguar falha

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que a falha na identificação do catador José Machado Sobral pode ser investigada pela Corregedoria da Polícia Civil.
"A Corregedoria da Polícia Civil aguarda notificação da Justiça para que possa apurar o caso", diz a nota divulgada na última sexta-feira.
Desde às 21h32 da última quarta-feira, a Folha enviou à pasta pedido de explicações sobre a falha e pedido de entrevista com o delegado Aquiles Martins. Reafirmou o pedido em pelo menos uma dezena de telefonemas. Todo o teor da reportagem foi informado desde o primeiro instante.
Sobre o delegado, as informações foram que o policial, plantonista do 1º DP (Distrito Policial) de Guarulhos, não foi encontrado na quinta-feira e, na sexta-feira, foi localizado viajando, mas só voltaria hoje.
Um das questões enviadas, e não esclarecidas, buscava esclarecer como a polícia disse que o suspeita era José Manuel de Sobral se não há fotos nem digitais do suspeito nem em SP nem em Pernambuco.
De acordo com o juiz Rodrigo Capez, se não fosse a identificação errada enviada pela polícia, José Machado Sobral não ficaria preso apenas pelo crime de receptação. Salvo, genericamente, se houvesse risco de fuga (o catador tinha endereço fixo) ou algum envolvimento com outro tipo de crime.
O magistrado diz, ainda, que a pena prevista para a recepção é de um ano a quatro anos de prisão. Em caso de réu primário, a pena de um ano é transformada em prestação de serviços à comunidade. O julgamento sobre a compra de veículo por José ainda não ocorreu.

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