São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
ENTREVISTA Casos extremos estão se repetindo, afirma educadora DE SÃO PAULO A psicóloga Ângela Soligo, da Faculdade de Educação da Unicamp, defende que escolas devam mudar de atitude diante de situações de conflito. Folha - O caso de ontem deve ser tratado como isolado ou mostra serem necessárias mudanças nas escolas? Ângela Soligo - Casos extremos estão se repetindo. As escolas precisam se perguntar: por que somos palco dessas situações? Já deveria ter acendido a luz amarela para escolas, gestores e pesquisadores. Tanto essas situações quanto as avaliações educacionais mostram que as escolas têm sido palco de frustrações, principalmente as públicas. Muitas vezes, a vítima se sente desprotegida, como se ninguém se importasse com ela. A escola tende a silenciar diante de casos de conflito. O que fazer agora na escola de São Caetano? Primeiro, as crianças devem ficar em casa uns três ou quatro dias, para viverem o trauma. Depois, precisarão ter oportunidade de conversar sobre seus medos, suas dúvidas. Claro que os professores não terão respostas para tudo. Mas deve-se ao menos deixar os alunos se expressarem. Os próprios professores podem mostrar que também têm medos, que é algo normal. Texto Anterior: Pai diz que perguntou se os filhos pegaram a arma, mas eles negaram Próximo Texto: Ensino não técnico: Escola foi a melhor pública do Enem em SP Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |