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GP Brasil atrai prostitutas à cidade
DA REVISTA
Não chega a ser um revertério
na lei da oferta e da procura, mas,
em temporada de corrida, o número de garotas de programa
também aumenta na cidade. Pelo
menos aquelas em atividade.
"Só faço programa nesta época,
tenho uma profissão", diz a comerciária Patrícia, 27. Ela diz que,
em três programas, ganha o equivalente a seu salário (R$ 1.500).
Muitas vêm de fora. Talita, 20,
uma das que distribuem panfletos
no trio elétrico no portão 7 do autódromo de Interlagos, veio de
Goiás, onde o mercado, segundo
ela, "é muito bom".
Loura, corpo de menina, ela diz
que faz até mais sucesso lá: "Gringo gosta de mulata, não sei se vou
agradar aqui", duvida ela, que, pelo bico da tarde (distribuição de
panfletos) ganhou R$ 50.
O preço médio do programa,
segundo a Folha apurou, é R$
250, quando "não tem a ferveção
da Fórmula 1"; quando há, o valor
pode chegar a R$ 500. Imagina-se
que, para quem ganha em dólar,
não é tanto assim. Mas os clientes
estrangeiros fazem pesquisas.
"Um amigo veio fora da temporada e disse que os preços são bem
melhores", diz no Kilt o piloto de
testes alemão Cristian Müller, 26,
que tem nos ombros uma mulata.
Ele foi à boate com o amigo Michael, 26. O sotaque mais ouvido
na noite é o "estrangeiro". No outro extremo da boate, os ingleses
Peter Heressy, 37, e John Marson,
37, engenheiros da Jaguar, e o motorista de carreta Joe Lee, 29, posam para uma foto cercado de
meninas por todos os lados.
"Everything is under control [algo
como "tudo sob controle']", dizem, com cerveja na mão.
A maior parte das meninas diz
que "os gringos são muito melhores, porque tratam "a coisa" com
profissionalismo". "Eles sabem
que o programa é uma gozadinha
e tchau. Brasileiro quer ter sempre
mais do que pagou", diz Mônica,
21, há cinco anos no mercado.
Segundo ela, outro motivo que
atrai garotas de programa bissextas ao mercado é a possibilidade
de um "pacote":
"Você "casa" com o gringo por
uma semana. Ele te leva pra almoçar no Gero, depois te compra
uma bolsa Prada, tudo isso por fora. O programa ele paga à parte. Já
ganhei até vestido Dior", diz
Adriana, 24, no Romanza.
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