São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 2006

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Crescimento gera dúvida sobre qualidade

DO ENVIADO ESPECIAL A CAXAMBU (MG)

Além de criticarem a má distribuição das matrículas no país, pesquisadores da área de educação também se dizem preocupados com a qualidade dos cursos.
"Como houve crescimento sem muito controle, o aluno pode facilmente comprar gato por lebre", disse o professor da Universidade Federal de Goiás João Ferreira de Oliveira, doutor pela USP em administração educacional. "E isso ele poderá perceber só ao final do curso."
Ele cita como exemplo os índices de reprovação nos exames da OAB (direito é o 2º curso em número de matrículas) em São Paulo. Em maio, só 9,8% dos participantes foram aprovados.
O Conselho Federal de Administração também quer adotar um exame semelhante ao da OAB. O projeto já tramita no Congresso.
"Claro que nos preocupa a qualidade das escolas. Mas não acho negativo o número de matrículas em administração", disse o presidente do conselho, Rui Otávio Bernardes de Andrade. "Atualmente, temos cerca de 13 milhões de empresas formais no país. Por outro lado, em toda a nossa história, formamos apenas 1,3 milhão de administradores. Ainda precisamos de muito mais." (FT)


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