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Freqüentadores de praças criticam falta de segurança
DA REPORTAGEM LOCAL
A maioria dos freqüentadores das praças da República e
Sé, na região central de São
Paulo, diz que os locais ficaram
mais bonitos após a reforma,
mas estão malcuidados e inseguros. Os namorados Karina
Barros, 19, e Renato Martins,
20, operadores de telemarketing, consideram a Sé perigosa.
"A praça ficou bonita com a
reforma, mas está descuidada,
com muita pichação, vegetação
morta. Tinha que ter mais gente cuidando, policiais ou seguranças particulares mesmo",
afirma Karina.
Na opinião do microempresário Paulo Lewsing, não houve
grande mudança com a revitalização da República. "Acho que
a segurança inclusive está pior.
Vejo muitos rapazes usando
drogas, cola principalmente."
A ambulante Rosemeire
Aparecida Bento concorda com
a sensação de insegurança.
"Continua perigoso. Esses dias
fui atacada quando passava pelo meio da praça da República.
Uns garotos encheram um saco
plástico com água do lago e estouraram em cima de mim. Fiquei toda molhada", conta.
O publicitário Silas Eduardo
Inke, 62, diz que, em razão da
insegurança e da falta de iluminação, evita passar pela praças
da região central quando escurece. Na Sé, muitas pessoas
abordam os passantes e pedem
trocado, o que é menos comum
na República.
Na região da República, é comum ficar um carro ou uma base móvel da Polícia Militar na
frente do prédio do antigo colégio Caetano de Campos. Na Sé,
além da base fixa da Guarda Civil Metropolitana, há uma base
móvel da PM. A reportagem
circulou pelos locais na sexta-feira à tarde e ontem pela manhã, mas não encontrou policiais ou guardas andando dentro das praças.
A Folha tentou ouvir a Polícia Militar para saber a quantidade e os tipos mais comuns de
crimes nas duas praças, mas
não houve resposta.
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