UOL


São Paulo, domingo, 23 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VESTIBULAR

Mudança pode aumentar a nota necessária para aprovação em carreiras menos disputadas; portões fecham às 13h45

Unicamp começa hoje com 2ª opção livre

DA REPORTAGEM LOCAL

O vestibular da Unicamp, que começa hoje com a prova da primeira fase, tem um novo sistema de segunda opção, mais flexível do que nos anos anteriores e que deve elevar a nota necessária para a aprovação em carreiras pouco disputadas. Algumas, como o curso de física, matemática, matemática aplicada e computação, tiveram mais inscritos em segunda opção do que em primeira.
Até o ano passado, os inscritos podiam escolher apenas cursos dentro de um grupo de carreiras afins. O candidato de engenharia elétrica, por exemplo, poderia optar apenas pelos cursos diurno e noturno. Algumas carreiras, como química e filosofia, permitiam apenas uma opção.
A partir deste ano, as escolhas são livres, desde que a segunda opção não exija prova de aptidão (arquitetura, artes cênicas, dança, educação artística, música e odontologia). O candidato de engenharia elétrica, agora, pode escolher filosofia como segunda opção. "Algumas carreiras estavam em uma redoma. Nós queremos minimizar o trauma da escolha profissional no vestibular", disse Leandro Tessler, coordenador-executivo da comissão responsável pelo processo seletivo.
Outra implicação da mudança, segundo ele, será a efetivação do sistema de segunda escolha. No último vestibular, somente cerca de 30 candidatos foram aprovados em segunda opção.
O método de seleção dos candidatos continua o mesmo. Cada coordenador de curso da Unicamp determina qual é a chamada nota mínima de opção e quais são as disciplinas prioritárias -que constam do manual do candidato nas páginas 12 e 13.
Após a correção da segunda fase, todos são classificados em ordem decrescente de nota dentro de cada curso. Então são chamados em primeira opção os primeiros da lista, mas que conseguiram atingir o número mínimo de pontos determinado pelos coordenadores nas disciplinas prioritárias.
Em engenharia elétrica noturno, por exemplo, são chamados os melhores classificados que tenham atingido nota 18 em matemática e em física.
Caso não haja candidatos suficientes de primeira opção que tenham atingido a nota mínima para preencher as vagas, o sistema faz uma classificação com os vestibulandos que optaram pela carreira em segunda opção e escolhe os que atingiram a nota mínima.
Por exemplo, se houver 150 inscritos que escolheram o curso de geografia noturno em primeira opção e que conseguiram passar para a segunda fase, mas apenas 15 deles tiverem tirado mais de 30 em geografia, sendo que há 30 vagas, verifica-se se há candidatos em segunda opção que tenham conseguido essa nota mínima. Eles então são convocados. Se nem assim houver candidatos suficientes, são chamados os de primeira opção sem nota mínima.
Com esse sistema, os coordenadores puderam optar pela porcentagem aproximada de estudantes em segunda opção. Quanto maior a nota mínima escolhida, maior a chance de estudantes em segunda opção serem aprovados, como é o caso de física noturno, que, como geografia, escolheu nota mínima igual a 30.
Com essa mudança, Tessler espera que seja mais difícil entrar em algumas carreiras, já que candidatos com boas notas, mas que escolheram em primeira opção cursos disputados como medicina, poderão preencher as vagas em outros de menor procura. (ANDRÉ NICOLETTI)


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Interpretar texto é importante
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.