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São Paulo, domingo, 23 de novembro de 2003

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Sobel defende a pena de morte

DA REPORTAGEM LOCAL

Conhecido por sua atuação junto ao movimento em defesa dos direitos humanos, o rabino Henry Sobel surpreendeu ao admitir que agora é favorável à pena de morte.
Em entrevista ontem à Folha, Sobel ressaltou que defende a medida como pai e cidadão, não como rabino. "O judaísmo condena categoricamente a pena de morte. Mas, na qualidade de pai, defendo a pena de morte em casos excepcionais como o de Liana e Felipe."
Ele evitou o assunto ao discursar na manifestação de ontem na Paulista. Preferiu defender mudanças na lei e dizer que é preciso derrubar a "ditadura da violência". Para o rabino, "o sistema carcerário falhou, não tem jeito e educar criminoso não funciona".
A defesa de Sobel a favor da pena capital já provocou reações. Presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Jayme Blay afirmou que a pena de morte é uma "excrescência".
"A posição oficial da Federação Israelita é de completo e total divórcio desse tipo de opinião. No mundo de hoje, é uma excrescência esse tipo de atitude", disse. "O judaísmo prega a vida e não a morte. Recebemos muitos telefonemas de pessoas que não concordam [com a pena de morte]. Essa é uma posição exclusivamente pessoal [de Sobel]", disse.



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