|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Privacidade pode ser tema de contestação de motoristas
DA REPORTAGEM LOCAL
Outro questionamento que
os órgãos de trânsito do Brasil
devem enfrentar com a nova
tecnologia de identificação automática dos veículos envolve a
privacidade dos motoristas.
Os governos vão ter acesso a
informações detalhadas da circulação dos carros (por onde
ele passou, em que horário) e
há preocupações sobre como
isso poderá ser utilizado.
O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) alega que se
preocupou com essa questão e
que não haverá no chip dados
do proprietário, como nome e
endereço, mas somente do veículo, como placa e chassi.
O presidente da CET, Roberto Scaringella, afirma que as informações recolhidas permanecerão sob sigilo na cidade de
São Paulo. "O sistema tem que
guardar segredo. É que nem
banco. Ele vai saber se um carro
passou naquela hora, mas não
vai divulgar isso. É a mesma
salvaguarda da telefonia e do
sistema bancário", afirma.
Mesmo a polícia não deve ter
acesso aos dados, tornando necessário um mandado judicial,
segundo afirma ele.
"A CET só vai fazer aquilo
que legalmente for possível.
Mas só a existência disso [do
monitoramento] já tem um poder preventivo muito grande",
afirma Scaringella, apostando
em efeitos positivos sobre roubo e furto de cargas.
Quem espera contar com as
informações captadas pelas antenas para se livrar de uma
multa ficará decepcionado.
"Não é um sistema para ser
usado na junta administrativa
de recurso de infração. Não é
para isso que ele existe."
(CT e AI)
Texto Anterior: Falta de pátio para armazenar os carros recolhidos é temor Próximo Texto: Solto pela Justiça, homem mata mulher e se suicida Índice
|