São Paulo, quinta-feira, 23 de novembro de 2006

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Privacidade pode ser tema de contestação de motoristas

DA REPORTAGEM LOCAL

Outro questionamento que os órgãos de trânsito do Brasil devem enfrentar com a nova tecnologia de identificação automática dos veículos envolve a privacidade dos motoristas.
Os governos vão ter acesso a informações detalhadas da circulação dos carros (por onde ele passou, em que horário) e há preocupações sobre como isso poderá ser utilizado.
O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) alega que se preocupou com essa questão e que não haverá no chip dados do proprietário, como nome e endereço, mas somente do veículo, como placa e chassi.
O presidente da CET, Roberto Scaringella, afirma que as informações recolhidas permanecerão sob sigilo na cidade de São Paulo. "O sistema tem que guardar segredo. É que nem banco. Ele vai saber se um carro passou naquela hora, mas não vai divulgar isso. É a mesma salvaguarda da telefonia e do sistema bancário", afirma.
Mesmo a polícia não deve ter acesso aos dados, tornando necessário um mandado judicial, segundo afirma ele.
"A CET só vai fazer aquilo que legalmente for possível. Mas só a existência disso [do monitoramento] já tem um poder preventivo muito grande", afirma Scaringella, apostando em efeitos positivos sobre roubo e furto de cargas.
Quem espera contar com as informações captadas pelas antenas para se livrar de uma multa ficará decepcionado. "Não é um sistema para ser usado na junta administrativa de recurso de infração. Não é para isso que ele existe." (CT e AI)


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