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Polêmica acirra disputa para presidir entidade
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
A divulgação da lista
com o nome dos "inimigos" da OAB acirrou a disputa pela presidência da
entidade em São Paulo,
marcada para o próximo
dia 30. Dos quatro candidatos, só o atual presidente, Luiz Flávio Borges
D'Urso, licenciado do cargo, apóia a medida.
Já os outros três candidatos ouvidos ontem pela
Folha são contra a divulgação da lista na internet e
afirmam que, se eleitos,
vão retirá-la do site.
"Se uma autoridade comete uma ilegalidade, é
preciso ter reação. Nós
queremos que essa violação seja, inclusive, considerada crime", disse D'Urso, que integra a chapa
"D'Urso - Advocacia Pede
Bis". Segundo ele, a lista é
feita desde 2004 e foi uma
promessa de campanha da
eleição passada. "Essa reação não se explica. Vamos
continuar trabalhando na
defesa das prerrogativas
dos profissionais."
Mas, na opinião do candidato Rui Celso Reali
Fragoso -da chapa "Em
Defesa da Advocacia"- a
lista não ajuda a recuperar
o respeito do advogado.
"Só serve para acirrar os
ânimos entre a sociedade
e a advocacia. Não será por
meio de lista que será recuperado o prestígio da
advocacia", diz.
Para Clodoaldo Pacce
Filho, candidato da chapa
"Livre Sem Cabresto
-Oposição Séria", a lista é4
"insana". "Só trouxe problemas. E vai gerar muitas
ações de indenização por
dano moral."
O advogado Leandro
Donizete Pinto, da chapa
"Ação, Movimento de Renovação da OAB SP", opina que a lista de "inimigos" afasta ainda mais a
OAB da sociedade, quando
deveria ocorrer o contrário. "A OAB deveria estar
sempre à frente da sociedade, lutando em conjunto e nunca maldizendo a
própria sociedade", afirma
o candidato.
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