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Aéreas rejeitam proposta da Aeronáutica de criar rota com trajeto sobre o Atlântico
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O alto custo levou as companhias aéreas a rejeitarem a proposta da Aeronáutica de criar
rotas sobre o Atlântico nos trajetos do Sul para o Nordeste. A
idéia visava diminuir atrasos
nos aeroportos ao reduzir o volume de tráfego aéreo controlado pelo radar de Brasília.
Controladores de tráfego aéreo também se posicionaram
contra a mudança por questões
de segurança.
Nas rotas planejadas pela Aeronáutica, os aviões ficariam
fora do radar, acompanhados
apenas por rádio e satélite, na
mesma área de vôos transatlânticos provenientes da Europa e da África.
Em vez dos desvios nas rotas,
a Aeronáutica vai implementar
nos próximos dias três mudanças: 1) transferir para os controladores de Manaus o acompanhamento de uma região sobre Cuiabá (MT); 2) repassar à
equipe de controle de Recife
uma área sobre o Espírito Santo; e 3) criar um "tubulão", como o que existe na ponte Rio-São Paulo, ligando Belo Horizonte ao Rio de Janeiro.
Os estudos sobre as alterações foram elaborados pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e obtiveram aval das aéreas.
De acordo com o brigadeiro
Paulo Vilarinho, que comanda
o órgão, as mudanças carecem
apenas de pequenos ajustes para vigorar.
A rota alternativa, segundo
Vilarinho, exigiria um desvio de
cerca de 242 quilômetros, elevando o gasto com combustível. "A solução foi considerada
inviável pelas empresas."
Representante do Snea (Sindicato Nacional das Empresas
Aeroviárias), Paulo Castello
Branco elogiou o trabalho conduzido pela Aeronáutica, Infraero (estatal que administra
os aeroportos) e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
"É importante deixar claro que
as empresas aéreas estão em
sintonia com as autoridades."
Ontem, houve uma reunião
na Anac para discutir medidas
paliativas contra os atrasos.
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