São Paulo, terça-feira, 23 de novembro de 2010

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Rio atribui arrastões a traficantes que estão "emburrados"

Para secretário de segurança, série de crimes é reação do tráfico a pacificação de favelas e transferência de presos

Ontem, mais três carros foram incendiados; governo reforçará a segurança nas ruas para coibir outros ataques

DIANA BRITO
FELIPE CARUSO

DO RIO

Pela primeira vez desde o começo da onda de arrastões e incêndios de carros iniciada em setembro na cidade, a cúpula da Segurança Pública do Rio atribuiu os ataques a ação orquestrada por uma única facção criminosa.
Para as autoridades, os crimes são uma reação às UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) e às transferências de detentos de maior periculosidade para presídios federais.
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, diz que a política de segurança do Estado não vai mudar. "Se o tráfico apostar que vamos desistir, nós dobramos a aposta. Já mandei 40 [para presídios federais] e a fila agora vai andar", disse ele, que chamou os mandantes de "traficantes emburrados" com ações do governo.
Apesar de não citar o nome do Comando Vermelho, a ordem para a execução dos crimes, para a PM, vem dos líderes da facção nos presídios e nas favelas.
Desde o início do ano, já ocorreram cerca de 50 arrastões -25 desde setembro. No fim de semana, foram pelo menos quatro, um deles contra um carro da Aeronáutica, e outros em regiões como a Lagoa. Ontem, cinco carros foram queimados e uma cabine da PM, metralhada.
O governo reforçará o policiamento das linhas Vermelha e Amarela. As ações de final de ano da Polícia Militar foram antecipadas e as folgas reduzidas.


Colaboraram JOÃO PEQUENO, do Rio, e FILIPE COUTINHO, de Brasília


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