São Paulo, terça-feira, 23 de novembro de 2010

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Crimes exploram falta de policiais, diz professor

DO RIO

Para o cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), a intenção dos ataques é explorar o deficit de policiais no Estado.

 

Folha - Qual a relação entre a onda de arrastões e o crime organizado?
Geraldo Tadeu Monteiro -
O chamado crime organizado no Rio não é tão organizado assim. É muito disperso e parcelado. Cada facção cuida de seus interesses. Desde a primeira UPP, eles levaram dois anos para entender que precisavam agir contra isso. Hoje, tem algo que está unindo os interesses deles que é o combate às UPPs, que estão subtraindo deles entrepostos importantes na distribuição de drogas pela zona sul.

Qual o objetivo dos ataques?
Atear fogo em carros em bairros da zona sul e importantes vias de acesso é claramente uma tentativa de causar impacto e é mais assustador para opinião pública. O objetivo é criar um embaraço para o governo e fazer que haja um deslocamento de policias das UPPs. Hoje, a gente vive um deficit de PMs. Com 2.000 policiais só nas UPPs, não têm policiais para todo o Estado. Os bandidos estão atentos.


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