da Reportagem Local

A polícia investiga que motivos teriam levado o jovem Edson Emmanuel Silveira Santana, 19, a matar anteontem, às 23h, com um tiro na cabeça, a estudante Priscila Renata de Lima, 17, na Barra Funda (zona noroeste de São Paulo).
Depois de matar Priscila, Santana deu um tiro contra a própria cabeça. Após receber primeiros socorros em um pronto-socorro da Barra Funda, ele foi transferido, às 9h30 de ontem, para o Inter Hospital Pari, onde está internado na UTI, em estado gravíssimo.
Antes de matar a jovem, Santana, armado com um revólver 38, apontou a arma para veículos que passavam sobre o viaduto Pacaembu e dominava a vítima segurando-a pelo pescoço.
No trajeto, entre a avenida Marquês de São Vicente e a rua Brigadeiro Galvão, ele fez um disparo, aparentemente sem motivo, contra o Fiesta do comerciante Adolfo Waingurt, 50, que passava no local com a filha, a nutricionista Sandra Regina Waingurt, 27.
"A bala quebrou o vidro do passageiro, passou perto de mim, furou o pulmão do meu pai, que dirigia o carro e atingiu a porta do lado dele", disse a nutricionista.
Segundo Sandra, a polícia, do outro lado do viaduto, já acompanhava os passos de Santana, que entrou na rua Brigadeiro Galvão após o disparo.
Na esquina com a rua Lavradio, Santana dominou o pintor de carros Valter Alves de Lima, 31, que deixava um bar no local, acompanhado de um amigo.
Lima foi obrigado a entrar em seu carro, um Monza, quando carros da PM chegavam ao local para cercar Santana.
Acuado, o rapaz atirou contra a cabeça da estudante e depois fez um segundo disparo, desta vez contra si próprio. A polícia não chegou a atirar. Priscila chegou a ser levada para um pronto-socorro, mas já estava morta.

Sem namorados
Segundo a irmã de Priscila, Alexandra da Silva, 25, a jovem fazia um curso de computação na Legião da Boa Vontade, mas tinha vontade de ser modelo e pensava em fazer um book de fotos.
Alexandra era a principal confidente da irmã. "Ela era muito tímida e não tinha um relacionamento muito aberto com os pais", disse a irmã da vítima, que não conhecia Edson.
"Ela nunca me apresentou um namorado, mas não duvido que, por causa desses problemas, estivesse namorando escondido com esse rapaz", disse.
Priscila morava com os pais e outros três irmãos menores no bairro Morro Grande (zona norte) e estava na 1ª série do 2º grau. A tia da estudante, a cantora Carmen Silva, disse que a sobrinha estava frequentando a igreja Renascer em Cristo.


Texto Anterior: Naya volta a pedir habeas corpus ao STJ
Próximo Texto: Ambiente: Cetesb faz acordo sobre cal contaminada
Índice