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Nova linha tumultua metrô do Rio
Estreia de operações da linha 2 foi marcada por atrasos e superlotação
Secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, foi vaiado por passageiros; intervalo entre trens foi
de cerca de 15 minutos
DA SUCURSAL DO RIO
Centenas de passageiros espremidos, 15 minutos de intervalo entre os trens, estação fechada para evitar o acesso de
mais usuários, vagões sem ventilação, falta de ar, desmaios.
Foi esse o cenário do primeiro dia de operações do novo trajeto da linha 2 do metrô do Rio
-que, segundo previsão da
concessionária responsável pelo serviço, iria aliviar o sistema,
permitindo que ele recebesse
mais 200 mil passageiros.
No início da operação, às 5h,
só 20 dos 33 trens estavam em
condições de operar, segundo o
Metrô. Os demais passavam
por manutenção. Atraídos pelo
novo trajeto, que segundo a
concessionária reduz em 13 minutos o tempo de deslocamento da zona norte ao centro, o
número de passageiros aumentou. E o tumulto começou.
O secretário estadual de
Transportes, Júlio Lopes, foi
vaiado na estação Glória, onde
foi acompanhar o início das
operações do novo trajeto.
As dificuldades permaneceram ao longo de todo o dia. Às
13h, o intervalo entre os trens
ainda era de dez minutos -o
previsto eram 5min10s- e nove passageiros já tinham sido
atendidos após passar mal.
Para amenizar a superlotação, o novo trajeto, que seria
percorrido apenas das 5h às 8h
e das 17h às 19h, foi estendido
para o dia todo. Hoje o horário
também será ampliado.
Estão encomendados 114 novos vagões, mas os primeiros só
chegarão em 2010. De acordo
com o Metrô, a frota atual, de
182 vagões, é a mesma desde
1998, quando a concessionária
começou a operar o sistema,
que atendia 310 mil passageiros
por dia útil. Hoje são 550 mil
usuários.
(FÁBIO GRELLET)
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