São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

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No auge da crise aérea, pelo menos 50% dos vôos da Gol e da TAM tiveram atrasos

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em dezembro, o pior mês no caos registrado nos aeroportos, 57% dos vôos domésticos da TAM saíram com atraso de no mínimo quatro horas. No caso da Gol, o percentual de vôos atrasados foi menor, mas ainda extremamente alto, de 53%.
Os dados, recém divulgados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), mostram que a pontualidade dos vôos pioraram desde novembro, auge da operação-padrão dos controladores: 46% dos vôos da TAM nesse mês saíram atrasados, e 40% dos realizados pela Gol.
A agência considera como atrasados apenas os vôos que saem mais de quatro horas depois do horário programado.
Historicamente, o percentual de vôos atrasados dessas duas companhias, que juntas possuem mais de 85% do mercado, varia entre 2% e 4%. A situação piorou mais ainda com os problemas enfrentados pelos passageiros da TAM no Natal -a companhia afirma que teve que parar seis aviões para manutenção não-programada.
A Anac apontou, a partir de uma primeira auditoria realizada por uma equipe técnica nas companhias, que a retirada não-programada desses seis aviões teria precipitado a crise em dezembro. Mas essa explicação não convenceu a agência, que determinou nova auditoria, ainda sendo realizada.

Acidente estatístico
O percentual de vôos internacionais atrasados também foi alto. Segundo dados da agência: 51% desses vôos da TAM atrasaram em dezembro, e 58% dos da Gol.
A TAM não admite responsabilidade pela crise do Natal -alguns especialistas afirmam que a companhia cometeu erros de gestão. Segundo a empresa, a conjunção de problemas como seis aviões parados, condições meteorológicas ruins e queda em sistemas de computador seria uma improbabilidade comparável a um bilhete premiado de loteria ou ao acidente da Gol.
"O que ocorreu conosco foi um acidente sem vítimas fatais", disse o diretor de relações institucionais da TAM, Paulo Castello Branco. A companhia traz na última edição de sua revista de bordo um pedido de desculpas aos passageiros pela crise.
Procurada, a Gol não se manifestou sobre o seu percentual de atrasos em dezembro.



























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