Filha da vitima foi resgatada com ferimentos leves

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

A chuva que atingiu a Grande São Paulo ontem à tarde voltou a deixar vítimas. Beatriz Dias da Silva, 68, morreu depois do desabamento de uma casa e do transbordamento de um córrego no Jardim Celeste, distrito da Vila Sônia (zona oeste).
A filha dela, Maria Cristina da Silva Costa, 46, foi resgatada com ferimentos leves. A Defesa Civil considerava a hipótese de a mulher ter morrido por afogamento -além do desabamento, um afluente do córrego Pirajussara transbordou e a água invadiu as casas. Segundo a prefeitura, a área não era considerada de risco. Onze imóveis afetados foram interditados.
O total de mortos em razão de chuvas no Estado desde 1º de dezembro chega a 60 (nove só na última quinta-feira).
Na avenida Escola Politécnica, uma árvore caiu ontem em cima de um veículo e também feriu um pedestre, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). A pista sentido Raposo Tavares foi bloqueada.
A chuva chegou a causar 12 pontos de alagamento, deixou semáforos apagados e motivou novamente a interdição do túnel Tribunal de Justiça, na zona sul, que havia ficado 38 horas bloqueado com as enchentes da quinta-feira (quando suas bombas não funcionaram).
A CET diz que a interdição ontem, das 13h50 às 15h20, só ocorreu por medida preventiva -porque, como nos dois dias anteriores, ele seguia com problemas de ventilação, sendo preciso evitar que carros ficassem parados dentro do túnel.
Além do Tribunal de Justiça, houve fechamento preventivo do túnel do Anhangabaú, na região central da cidade.
Antes mesmo do temporal da tarde, a Defesa Civil havia interditado 23 casas na Vila Clara (zona sul) devido ao risco de deslizamento de terra.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) anunciou ontem pela manhã mutirões semanais, sempre aos sábados, para a limpeza de bocas de lobo e de bueiros, tapa-buracos e retirada de entulho. Eles ocorrerão "até que a cidade volte à normalidade", disse, referindo-se aos alagamentos de quinta passada.


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