São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2000


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AGRESSÃO
Vítima pode perder o braço
Cão ataca homem em pensão no Rio

da Sucursal do Rio

Um homem foi atacado por um cachorro da raça american star forshire na noite de anteontem em uma pensão no Rio. Ele corre o risco de perder o braço.
Um policial que viu o ataque atirou contra o animal e acabou matando outro cão, um pit bull, que estava junto do animal agressor.
O segurança Wilson de Souza Thomé, 36, dono dos cachorros Kimbo-o american star forshire- e Tora, da raça pit bull, contou que saiu da pensão às 22h para trabalhar e trancou o canil onde ficam os cães. Logo depois, foi chamado por vizinhos que o avisaram sobre o ataque.
Segundo a polícia, os dois cães conseguiram escapar, pulando a grade do canil.
Kimbo atacou João Batista Lopes, 40, que descia as escadas da pensão para ir ao banheiro, localizado no térreo.
O tenente Gilbert dos Santos, do 13º Batalhão, atirou contra os animais, matando Tora. Kimbo, com o barulho dos tiros, se escondeu de volta no canil.
Lopes, ferido no braço direito, na altura do ombro, no pescoço e no tórax, foi levado para o hospital Souza Aguiar (centro da cidade). Ele sofreu uma cirurgia de revascularização para religar vasos e artérias. A operação teve duração de seis horas.
João Batista Lopes também teve de se submeter a uma cirurgia plástica.
Segundo Rossi Murilo, chefe da cirurgia vascular do Souza Aguiar, Lopes corre o risco de perder o braço, se desenvolver um processo infeccioso. O paciente está internado sob observação no centro cirúrgico.
Apesar do ataque, os moradores da pensão disseram que os cachorros eram mansos e nunca tinham machucado ninguém.
O segurança prestou depoimento no início da madrugada de ontem na 5ª Delegacia de Polícia.
Ele foi acusado de lesão corporal culposa e de negligência no trato de animais. Se for condenado, pode pegar até um ano de prisão.
Thomé tem novo depoimento marcado para o dia 28 de março.
O segurança disse que vai sacrificar Kimbo, pois está com medo de o ataque se repetir. "Vou esperar o prazo de dez dias para ver se ele apresenta sintomas de raiva e depois terei que matá-lo."


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