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POLUIÇÃO SONORA
Ação é de moradores de 2 condomínios
Justiça manda a Dersa construir uma barreira acústica no Rodoanel
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo de São Paulo terá
que construir um muro anti-ruído em parte do trecho oeste do
Rodoanel, inaugurado em 2002,
para minimizar a poluição sonora
dos veículos nas proximidades do
conjunto residencial Tamboré 1,
de alta renda, e do bairro Parque
Imperial, de baixa renda.
A decisão é da 1ª Vara Cível de
Barueri, na Grande São Paulo,
que deu 180 dias para a Dersa
(empresa do Estado que é responsável pelo Rodoanel) construir a
barreira acústica, sob pena de
multa diária de R$ 10 mil. Ela ainda vai entrar com recurso.
A ação que levou à condenação
da Dersa em primeira instância
foi iniciada pela associação de
moradores do empreendimento
de classe alta, e teve, em seguida, a
participação do Ministério Público, para que os benefícios fossem
levados ao bairro de classe predominantemente baixa de Barueri.
"O ouvido não tem distinção de
renda", afirma Marcos Mendes
Lyra, promotor de Justiça.
Segundo eles, a estimativa inicial de custos do muro anti-ruído
era próxima de R$ 10 milhões.
A construção da barreira acústica era prevista no estudo ambiental da alça oeste do Rodoanel, mas
não foi feita até hoje pelo Estado.
Os moradores dizem que, antes
do anel viário, os níveis de ruído
no Tamboré 1 estavam próximos
de 46 decibéis de dia e 45 decibéis
de noite -índices que subiram
para 75,2 e 63,4, respectivamente,
depois da obra viária, contra a
norma técnica de 50 e 45 para as
áreas estritamente residenciais.
Segundo Ana Paula Hubinger
Araújo, advogada que representou os moradores do Tamboré 1,
foi elaborado um projeto inicial
prevendo que a barreira redutora
de ruídos do Rodoanel tivesse
uma altura entre oito metros e 11
metros, ao longo de um comprimento aproximado de 1,1 km da
frente do loteamento.
A Dersa informou que vai recorrer da decisão judicial, mas
que está disposta a construir a
proteção acústica.
Diz ter divergência somente
quanto ao tipo de muro, mas não
forneceu nenhum detalhe. A decisão judicial, dada anteontem,
também determinou que a empresa termine de plantar as barreiras acústicas vegetais já iniciadas na mesma região.
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