DA REPORTAGEM LOCAL

Paloma da Purificação, 16, poderia facilmente entrar nas estatísticas de abandono do ensino médio. Sua rotina de trabalho e estudo começa às 5h30 e termina às 23h30, quando volta para casa.
"É desgastante. Agüentar isso é uma vitória", afirma Paloma, aluna de uma escola estadual da zona sul de São Paulo. Na disputa entre a vontade e o cansaço, porém, às vezes é o segundo quem vence. "Não fui à escola nesta semana. Estou muita cansada."
A estudante cursa o 3º ano e trabalha como estagiária de um banco, onde ganha R$ 265 por mês. "Não posso parar, preciso ajudar minha família", conta.
No caso de Paula (nome fictício), 19, o emprego foi a prioridade. Ela abandonou o ensino médio logo no primeiro ano do ensino médio de uma escola estadual em Guarulhos (Grande São Paulo), quando trabalhava como operadora de caixa de uma loja. "Perdi a vontade de ir", resume.
Agora, dois anos depois, ela pensa em voltar às aulas. Por quê? "Estou desempregada. Fico em casa sem fazer nada o dia todo."


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