São Paulo, sexta-feira, 24 de março de 2006

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Secretário descumpre prazo para expor ação das polícias na ocupação

DA SUCURSAL DO RIO

Caso se recuse a fornecer documentos sobre a atuação das polícias estaduais na recente ocupação de favelas cariocas por tropas do Exército, o secretário estadual de Segurança Pública, Marcelo Itagiba, será processado pelo Ministério Público Federal.
Anteontem, expirou o prazo dado a Itagiba pelos procuradores da República Fábio Aragão e Vinícius Panetto para o envio dos documentos.
Além de não fornecer a documentação, o secretário deixou de apresentar explicações ao MPF.
"O doutor Itagiba simplesmente não respondeu", afirmou Aragão. "Só pedimos a ele cópias de relatórios [sobre o caso] no âmbito da Secretaria de Segurança", explicou. O procurador acredita que "algum documento ele [Itagiba] deve ter".
A Secretaria de Segurança Pública e o Exército, por meio de sua representação em parte da região Sudeste, o CML (Comando Militar do Leste), formaram uma força-tarefa para investigar o roubo das armas do Estabelecimento Central de Transporte, em São Cristóvão (zona norte).
Os procuradores disseram que vão esperar mais um pouco a chegada dos documentos, embora o prazo já tenha expirado.
"Pode ter havido algum atraso. Vamos aguardar um pouco, talvez mais um dia", disse Panetto.
Se a documentação não chegar, os procuradores anunciaram que apresentarão uma representação criminal contra o secretário de Segurança do Estado do Rio.
Procurado pela Folha, o secretário não havia falado sobre o assunto até a conclusão desta edição. (ST)


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