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Secretário descumpre prazo para
expor ação das polícias na ocupação
DA SUCURSAL DO RIO
Caso se recuse a fornecer documentos sobre a atuação das polícias estaduais na recente ocupação de favelas cariocas por tropas
do Exército, o secretário estadual
de Segurança Pública, Marcelo
Itagiba, será processado pelo Ministério Público Federal.
Anteontem, expirou o prazo dado a Itagiba pelos procuradores
da República Fábio Aragão e Vinícius Panetto para o envio dos
documentos.
Além de não fornecer a documentação, o secretário deixou de
apresentar explicações ao MPF.
"O doutor Itagiba simplesmente não respondeu", afirmou Aragão. "Só pedimos a ele cópias de
relatórios [sobre o caso] no âmbito da Secretaria de Segurança",
explicou. O procurador acredita
que "algum documento ele [Itagiba] deve ter".
A Secretaria de Segurança Pública e o Exército, por meio de sua
representação em parte da região
Sudeste, o CML (Comando Militar do Leste), formaram uma força-tarefa para investigar o roubo
das armas do Estabelecimento
Central de Transporte, em São
Cristóvão (zona norte).
Os procuradores disseram que
vão esperar mais um pouco a chegada dos documentos, embora o
prazo já tenha expirado.
"Pode ter havido algum atraso.
Vamos aguardar um pouco, talvez mais um dia", disse Panetto.
Se a documentação não chegar,
os procuradores anunciaram que
apresentarão uma representação
criminal contra o secretário de Segurança do Estado do Rio.
Procurado pela Folha, o secretário não havia falado sobre o assunto até a conclusão desta edição.
(ST)
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