DA REPORTAGEM LOCAL

A mistura de entidades no protesto de servidores estaduais marcado para as 14h de amanhã, em São Paulo, preocupa o comando da Polícia Militar, que espera cerca de 20 mil pessoas em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo Mário Covas (PSDB).
""Toda vez em que há mistura desse tipo se perde o fator liderança e, dependendo das palavras de ordem, a manifestação pode passar do caráter reivindicatório para a violência", disse o coronel Rui César Melo, comandante-geral da Polícia Militar.
No último protesto, na semana passada, houve confronto entre manifestantes e a tropa de choque da PM. Cerca de 15 mil pessoas, segundo a polícia, foram até a avenida Paulista. Os líderes do ato estimaram número seis vezes maior. Houve 38 vítimas -33 civis e 5 policiais.
Ontem, o comandante ainda não sabia dizer quais serão os limites da manifestação e se as pessoas poderão chegar até as grades do Palácio dos Bandeirantes. ""A recomendação para os policiais é a mesma: manter a tranquilidade pública e preservar os direitos das pessoas", disse.
O ato dos servidores deverá ser monitorado por cerca de 300 policiais, incluindo a tropa de choque. A maior parte do efetivo estará de prontidão perto do palácio.

Preparativos
A Apeoesp (Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) vai definir hoje a quantidade de ônibus que virá a São Paulo. Do campus da Cidade Universitária deverão sair dez veículos. Da Unicamp, serão pelo menos seis. As Fatecs e escolas técnicas de São Paulo pretendem levar cerca de 2.000 pessoas.
Antes de se concentrar no palácio, as categorias vão se reunir em frente ao estádio do Morumbi, de onde sairão em passeata.


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