São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 2000


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Morte de menor causa outro protesto

DA SUCURSAL DO RIO

A morte de um jovem supostamente ligado ao tráfico provocou o quarto protesto de moradores de favelas do Rio em nove dias.
Cerca de 30 moradores da favela da praia da Rosa, Ilha do Governador (zona norte), tentaram fechar a Estrada do Galeão -que liga o aeroporto internacional ao centro do Rio- após a morte de P.C.S.G., 17, pela Polícia Civil.
Segundo o delegado da 37ª DP, Zaqueu da Silva Teixeira, três policiais civis faziam uma operação de busca ao foragido Luís Carlos Oliveira, o Pará, apontado como líder do tráfico na favela, e foram recebidos a tiros. Os policiais revidaram e P. foi morto.
O menor estaria com um uniforme camuflado dos Fuzileiros Navais, uma touca ninja no bolso e teria usado um revólver calibre 38 no tiroteio, segundo a polícia.
Parentes de P. admitiram, em depoimento na 37ª DP, que ele era ligado ao tráfico. "Tentei arranjar um emprego para ele, mas meu irmão quis viver nas ruas e deu nisso", disse a irmã Eliane Santos.
O delegado disse que o protesto foi incitado por traficantes. "Acredito que um grupo é pago para fazer isso ou tem a certeza da impunidade, pois são soltos por advogados que prestam serviços aos traficantes", disse.
Segundo V., o menor "foi encurralado no beco e não teve tempo de fazer nada".


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