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Morte de menor causa outro protesto
DA SUCURSAL DO RIO
A morte de um jovem supostamente ligado ao tráfico provocou
o quarto protesto de moradores
de favelas do Rio em nove dias.
Cerca de 30 moradores da favela
da praia da Rosa, Ilha do Governador (zona norte), tentaram fechar a Estrada do Galeão -que liga o aeroporto internacional ao
centro do Rio- após a morte de
P.C.S.G., 17, pela Polícia Civil.
Segundo o delegado da 37ª DP,
Zaqueu da Silva Teixeira, três policiais civis faziam uma operação
de busca ao foragido Luís Carlos
Oliveira, o Pará, apontado como
líder do tráfico na favela, e foram
recebidos a tiros. Os policiais revidaram e P. foi morto.
O menor estaria com um uniforme camuflado dos Fuzileiros
Navais, uma touca ninja no bolso
e teria usado um revólver calibre
38 no tiroteio, segundo a polícia.
Parentes de P. admitiram, em
depoimento na 37ª DP, que ele era
ligado ao tráfico. "Tentei arranjar
um emprego para ele, mas meu
irmão quis viver nas ruas e deu
nisso", disse a irmã Eliane Santos.
O delegado disse que o protesto
foi incitado por traficantes.
"Acredito que um grupo é pago
para fazer isso ou tem a certeza da
impunidade, pois são soltos por
advogados que prestam serviços
aos traficantes", disse.
Segundo V., o menor "foi encurralado no beco e não teve tempo de fazer nada".
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