São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2004

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ACIDENTE

Casos ocorreram entre a tarde de sábado e a manhã de ontem; ao ano, em média, animais ferem quatro pessoas

Em 24 horas, tubarões atacam dois em PE

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Dois banhistas foram atacados no final de semana por tubarões na praia da Piedade, uma das mais movimentadas de Recife.
O primeiro caso aconteceu na tarde de sábado. A estudante de fisioterapia Naiane Cordeiro Barbosa, 24, foi atacada quando saía do mar. Ela já tinha a água abaixo da linha da cintura, de acordo com o Corpo de Bombeiros e testemunhas do caso.
O segundo episódio, na manhã de ontem, envolveu Valmir Pereira da Silva, 20, que tomava banho em frente à igreja do bairro. O rapaz perdeu parte da mão direita.
Nenhum dos dois corre risco de morte, de acordo com médicos do Hospital da Restauração, onde ambos foram atendidos depois de serem levados por banhistas a uma unidade da Aeronáutica que fica próxima à praia da Piedade.
O rapaz também foi ferido no braço direito e na perna esquerda e deve ficar 48 horas internado. A estudante sofreu lesões na coxa direita e nas nádegas, que comprometeram pequenos vasos.

Quatro vítimas por ano
Relatório divulgado ontem pelo Corpo de Bombeiros do Estado revela que 48 pessoas foram atacadas por tubarões na costa pernambucana nos últimos 12 anos -seis delas, neste ano.
Do total, 14 morreram. Para a PM, Naiane Barbosa é a primeira mulher entre as vítimas oficialmente registradas.
No último dia 30, o Corpo de Bombeiros de Recife encontrou o corpo do estudante Orlando Oscar da Silva, 22, também na praia da Piedade. Silva tinha marcas de mordidas de tubarão no braço, na perna esquerda e na barriga.
No início do mês, o governo de Pernambuco instalou um comitê para coordenar ações preventivas contra os ataques de tubarões, que vêm ocorrendo com uma freqüência cada vez maior no litoral do Estado.
O grupo é formado por pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco, por representantes do Instituto Oceanário, por bombeiros, por técnicos do governo federal e por integrantes da sociedade civil.
O trabalho pretende realizar um amplo monitoramento da costa pernambucana, além de incentivar campanhas educativas com comunidades locais.


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