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ACIDENTE
Casos ocorreram entre a tarde de sábado e a manhã de ontem; ao ano, em média, animais ferem quatro pessoas
Em 24 horas, tubarões atacam dois em PE
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Dois banhistas foram atacados
no final de semana por tubarões
na praia da Piedade, uma das
mais movimentadas de Recife.
O primeiro caso aconteceu na
tarde de sábado. A estudante de
fisioterapia Naiane Cordeiro Barbosa, 24, foi atacada quando saía
do mar. Ela já tinha a água abaixo
da linha da cintura, de acordo
com o Corpo de Bombeiros e testemunhas do caso.
O segundo episódio, na manhã
de ontem, envolveu Valmir Pereira da Silva, 20, que tomava banho
em frente à igreja do bairro. O rapaz perdeu parte da mão direita.
Nenhum dos dois corre risco de
morte, de acordo com médicos do
Hospital da Restauração, onde
ambos foram atendidos depois de
serem levados por banhistas a
uma unidade da Aeronáutica que
fica próxima à praia da Piedade.
O rapaz também foi ferido no
braço direito e na perna esquerda
e deve ficar 48 horas internado. A
estudante sofreu lesões na coxa
direita e nas nádegas, que comprometeram pequenos vasos.
Quatro vítimas por ano
Relatório divulgado ontem pelo
Corpo de Bombeiros do Estado
revela que 48 pessoas foram atacadas por tubarões na costa pernambucana nos últimos 12 anos
-seis delas, neste ano.
Do total, 14 morreram. Para a
PM, Naiane Barbosa é a primeira
mulher entre as vítimas oficialmente registradas.
No último dia 30, o Corpo de
Bombeiros de Recife encontrou o
corpo do estudante Orlando Oscar da Silva, 22, também na praia
da Piedade. Silva tinha marcas de
mordidas de tubarão no braço, na
perna esquerda e na barriga.
No início do mês, o governo de
Pernambuco instalou um comitê
para coordenar ações preventivas
contra os ataques de tubarões,
que vêm ocorrendo com uma freqüência cada vez maior no litoral
do Estado.
O grupo é formado por pesquisadores da Universidade Federal
Rural de Pernambuco, por representantes do Instituto Oceanário,
por bombeiros, por técnicos do
governo federal e por integrantes
da sociedade civil.
O trabalho pretende realizar um
amplo monitoramento da costa
pernambucana, além de incentivar campanhas educativas com
comunidades locais.
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