São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2007

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"Não dá para comparar cerveja com cachaça e uísque", afirma publicitário

DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL

O publicitário Roberto Justus, presidente do grupo Newcomm, diz que as medidas do governo "não têm o mínimo cabimento". Ele já fez campanha para a cerveja Kaiser e tem a Nova Schin como cliente de uma de suas empresas -a Pepper, de marketing de eventos.

 

FOLHA - Como avalia as restrições?
ROBERTO JUSTUS -
Elas não têm o mínimo cabimento. Estou de acordo com todo o meu setor quando digo que acho isso um absurdo. Já temos o Conar [Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária] para julgar se as peças estão ou não de acordo. Se o Ministério da Saúde acha que o Conar não está fazendo um bom trabalho, que interpele o Conar.

FOLHA - A restrição de publicidade sofrida pelo cigarro é vista por especialistas como uma das causas da redução do número de fumantes no Brasil, o que indicaria a eficácia da proposta do governo.
JUSTUS -
Cada coisa é cada coisa. O cigarro tem malefícios até quando se consome pouco, é diferente da cerveja. A restrição desestimulou o fumo, concordo, mas não dá para comparar. O mundo caminha para uma comunicação em que os anúncios de cigarro sejam totalmente abolidos, e com razão.

FOLHA - Como o senhor vê o decreto que coloca a cerveja na mesma categoria de uísque e cachaça?
JUSTUS -
Sou contra. Essa idéia é errada. Os teores alcoólicos são completamente diferentes, não dá para você misturar uma coisa com outra.


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