São Paulo, segunda-feira, 24 de junho de 2002

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OUTRO LADO

Polícia diz que só revidou

DA REPORTAGEM LOCAL

Revide. É assim que a polícia justifica o tiroteio do último dia 16. De acordo com nota da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, os agentes do DHPP não pretendiam disparar contra Serginho durante a quermesse.
Quando o avistaram na festa, decidiram permanecer à distância e aguardar o melhor momento para prendê-lo. Não desejavam colocar a população em risco.
Ele, no entanto, teria percebido a presença da polícia e atirou primeiro. Teria, ainda, usado a própria namorada -uma faxineira de 27 anos- como escudo.
Contestando moradores da favela, o DHPP diz que apenas três homens participaram da operação, e não "uns dez ou 15". Quanto às vítimas, contabiliza sete: um policial (baleado de raspão), Serginho e outros cinco civis.
Em duas visitas à Cidade Júlia, porém, a Folha apurou, in loco ou colhendo o depoimento de testemunhas, que há no mínimo 11 feridos, incluindo o agente e o rapaz preso. Pode-se explicar a diferença pelo fato de a contagem oficial considerar somente os que passaram por hospitais. (AA)



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