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OUTRO LADO
Polícia diz que só revidou
DA REPORTAGEM LOCAL
Revide. É assim que a polícia
justifica o tiroteio do último dia
16. De acordo com nota da Secretaria da Segurança Pública de São
Paulo, os agentes do DHPP não
pretendiam disparar contra Serginho durante a quermesse.
Quando o avistaram na festa,
decidiram permanecer à distância e aguardar o melhor momento para prendê-lo. Não desejavam colocar a população em risco.
Ele, no entanto, teria percebido
a presença da polícia e atirou primeiro. Teria, ainda, usado a própria namorada -uma faxineira
de 27 anos- como escudo.
Contestando moradores da favela, o DHPP diz que apenas três
homens participaram da operação, e não "uns dez ou 15". Quanto às vítimas, contabiliza sete: um
policial (baleado de raspão), Serginho e outros cinco civis.
Em duas visitas à Cidade Júlia,
porém, a Folha apurou, in loco
ou colhendo o depoimento de
testemunhas, que há no mínimo
11 feridos, incluindo o agente e o
rapaz preso. Pode-se explicar a
diferença pelo fato de a contagem
oficial considerar somente os que
passaram por hospitais.
(AA)
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